
O IndieLisboa Festival Internacional de Cinema está de regresso entre os dias 1 e 11 de maio em Lisboa com muita programação Queer.
A 22ª edição do festival conta com 238 filmes e propõe-se a mostra obras que se encontram fora do radar da regular circulação de filmes. O IndieLisboa pretende assim apresentar cinema que foge à hegemonia cultural que domina os circuitos mais mainstream. E entre as suas propostas destacam-se também visões Queer, são estes os destaques:
- Duas Vezes João Liberada, Paula Tomás Marques, Competição Nacional
João, uma atriz lisboeta, protagoniza um filme histórico biográfico sobre Liberada, uma jovem dissidente de género perseguida pela Inquisição. Após o realizador do filme ficar misteriosamente paralisado, João é assombrada pelo espírito da personagem.
Sessões:
03 maio, 21:30 (80′) Cinema São Jorge, Sala Manoel de Oliveira
05 maio, 16:15 (80′) Cinema São Jorge, Sala 3
- Les reines du drame, Alexis Langlois, Rizoma
Um musical queer francês que coloca duas aspirantes ao estrelato da pop (e do punk) em rota de colisão. O que resulta é um amor em toda a plenitude da sua condição de primeiro: cheio de intensidade, angústia, doçura e volatilidade. Mimi Madamour (Louiza Aura) e Billie Kohler (Gio Ventura) são stars que ficaram pelo caminho dos charts e agora são lembradas apenas pelos mais devotos (senão mesmo obcecados) fãs. O resto é herstory.
Sessão:
04 maio, 18:00 (134′) Cinema São Jorge, Sala Manoel de Oliveira
- Les Sanglières, Elsa Brès, Competição Internacional
Um filme passado em momentos diferentes: no século XVI, numa floresta, a lutar por terras comunitárias; depois, numa floresta a ser monitorizada e o confronto entre noções de público e privado, com a figura do javali como agente do caos.
Sessões:
01 maio, 19:30 (68′) Cinema Ideal • C.402
03 maio, 17:00 (68′) Cinema São Jorge, Sala 3
- ¡Caigan las rosas blancas!, Albertina Carri, Silvestre
¡Caigan las rosas blancas! quer deconstruir. Deconstruir ideias de género, ideias do que é tabu, ideias do que é cinema. A trama centra-se em Violeta, uma realizadora que foi contratada para fazer um filme porno mainstream e que resolve fugir com as suas amigas para encontrar inspiração. O que as espera é a aventura de uma vida.
Sessões:
05 maio, 18:45 (122′) Cinema São Jorge, Sala 3
10 maio, 21:15 (122′) Culturgest, Pequeno Auditório
- Move ya body: The Birth of House, Elegance Bratton, IndieMusic
O realizador Elegance Bratton coloca Vince Lawrence, um DJ e produtor pioneiro, como figura-âncora deste filme que examina o nascimento e evolução da música house que surge no encalço do disco, em Chicago. O filme foca-se nas origens de Lawrence e no impacto da “Disco Demolition Night” (um evento promovido pelo radialista Steve Dahl contra a música disco, repudiada pelos fãs do rock), um tumulto que expôs as veias racistas e homofóbicas que inspiraram rejeição inicial do disco, bem como do seu sucessor, a música house.
Sessões:
07 maio, 21:45 (92′) Cinema São Jorge, Sala 3
11 maio, 21:45 (92′) Cinema São Jorge, Sala 3
- Les lèvres rouges, Harry Kümel, Director’s Cut
Um filme de culto de 1971 que joga com o erótico e o terror e se vê aqui em formato restaurado. Pegando na lenda de Elizabeth Bathory, uma condessa húngara que terá morto jovens mulheres nos séculos XVI e XVII, Hary Kümel co-escreve e realiza este filme que se passa num hotel belga à beira-mar, vazio por ser inverno. Um casal jovem de recém-casados (que deveria ter escolhido outro local) encontra uma condessa lésbica (interpretada por Delphine Seyrig) e a sua aparente secretária, ambas envoltas numa aura de mistério.
Sessões:
03 maio, 19:30 (100′) Cinemateca Portuguesa, Sala Luís de Pina
10 maio, 21:30 (100′) Cinemateca Portuguesa, Sala Félix Ribeiro
- Diferente, Luis María Delgado, Director’s Cut
Apresentação da versão restaurada deste filme espanhol, de culto, mas pouco visto, que, apesar do seu desbragamento homoerótico, passou pelas frinchas da censura franquista. Com os anos, a sua redescoberta afirmou-o pela importância do seu contributo para a história do musical espanhol e pela representação de uma sexualidade não normativa. Em Diferente, seguimos Alfredo, um bon vivant que rejeita os preceitos da sua família rica ao mesmo tempo que esta o rejeita a ele. Um elogio aos prazeres da extravagância queer.
Sessões:
02 maio, 15:30 (102′) Cinemateca Portuguesa, Sala Félix Ribeiro
05 maio, 19:30 (102′) Cinemateca Portuguesa, Sala Luís de Pina
- O Faz-Tudo, Fábio Leal (curta), Silvestre
O trabalho deste homem faz-tudo não é aconselhado a menores de 18.
Sessão:
03 maio, 19:15 (85′) Cinema São Jorge, Sala 3
- RICHARD, Manuel Wetscher (curta), Silvestre
Uma visão intimista da relação do realizador com o conhecimento da causa da morte do pai, verdade que lhe foi escondida e, depois, transformada, ao longo dos anos, até que é revelada num momento de embriaguez de um familiar.
Sessão:
03 maio, 21:45 (90′) Cinema São Jorge, Sala 3
Podem conferir toda a programação no site do IndieLisboa. Boas sessões!

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