Kremlin Não Confirma Prisões de Gays Tchetchenos

 

Poucos dias depois das manifestações que se realizaram um pouco por todo o mundo, incluindo Lisboa e Porto, o Kremlin veio desmentir as acusações de que homens gays estavam a ser perseguidos, presos, torturados e até assassinados na Tchetchénia.

Essas informações não se confirmam“, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, um dia após um encontro entre o Presidente russo, Vladimir Putin [acima], e o governador tchetcheno, Ramzan Kadyrov. “Infelizmente, ou felizmente, não há até ao momento qualquer confirmação concreta” de tais perseguições a homossexuais na Tchetchénia. Esclareceu ainda que as verificações sobre este tipo de questões são levadas a cabo pelas forças de segurança russas, assim como pela representante para os direitos humanos junto do Kremlin, Tatiana Moskalkova.

Foi aberto um inquérito pelo Ministério Público russo na passada segunda-feira, que fez saber não ter recebido “qualquer queixa oficial” de eventuais vítimas. “Quem são estas pessoas? Onde vivem? Tratam-se de queixas de fantasmas!“, afirmou hoje Peskov.

Ramzan Kadyrov foi recebido por Putin na passada quarta-feira à noite e desmentiu as acusações relacionadas com perseguições da comunidade homossexual, considerando os artigos na comunicação social como “provocações“.

As garantias dadas pelo dirigente checheno foram aprovadas pelo Presidente“, disse Dmitry Peskov. O chefe de Estado russo não fez quaisquer comentários sobre o tema.

Num país em que leis anti-LGBTI estão em vigor e a polícia russa olha para o lado e até incentiva a violência contra estas pessoas, não é pois de estranhar que as pessoas tenham receio em apresentar qualquer tipo de queixa às autoridades que as deviam proteger. É um assunto que certamente não ficará por aqui, com o acesso à informação altamente controlada do lado russo, temos o dever de proteger aqueles e aquelas que hoje mais precisam de nós. Atent@s e disponíveis.

 

 

 

 

Fonte: DN/Lusa, Imagem.


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Respostas de 6 a “Kremlin Não Confirma Prisões de Gays Tchetchenos”

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