Isto também é verdade no cinema queer que começou por dar voz a muitos realizadores homossexuais em histórias maioritariamente gay. Felizmente a própria marginalidade do cinema queer permitiu mais cedo dar o destaque às mulheres enquanto criadoras das suas próprias histórias e essa tradição é magnificamente representada no documentário “Dykes, Camera, Action!” de Caroline Berler, que explora as várias realizadoras lésbicas do cinema queer norte-americano e como elas foram construindo o seu próprio espaço pessoal na 7a arte.
É um percurso onde o cinema e o ativismo se misturam na sua génese, mas dando espaço nas últimas décadas lugar a histórias mais convencionais que podem chegar a mais público enquanto simultaneamente estimula a sensibilização e a representação para e das pessoas LGBT. Desde Barbara Hammer a Desiree Akhavan, Berler entrevista estas mulheres de armas e vai fundo ao efeito por elas causado na maturação da nossa comunidade. Um documentário não só importante como o também prazeiroso.
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