
O partido Chega, que quer ser o estandarte da extrema-direita em Portugal, está já em campanha para as eleições autárquicas deste ano, com candidaturas a 220 câmaras municipais a nível nacional. E o candidato à vice-presidência da Câmara Municipal da Moita é João Paulo Gaspar, recentemente anunciado como tal na página de Facebook da sucursal partidária.

A força do partido online junto dos seus camaradas, pessoas a sério ou meros bots, cedo se fez sentir na caixa de comentários do Facebook com congratulações e parabenizações à forca e coragem deste candidato. Mas bastou fazer um scroll inocente pelos comentários e vimos outro tipo de análises. É que pelos vistos João Paulo Gaspar, o empresário, co-fundador da Variações onde foi Secretário*, dono do restaurante Corvo Real e antigo organizador das festas Conga em Lisboa e umas ditas célebres orgias semanais, é hipócrita. Que surpresa. No Chega? Ainda para mais aparentemente é devedor a outros negócios LGBTI, numa fervorosa demonstração do neoliberalismo de direita conservadora. Temos portanto, infelizmente, o nosso próprio József Szájer, figura estandarte do ultra-conservador partido Fidesz da Hungria de Victor Orban, que foi detido numa orgia gay ilegal em Bruxelas no pico da pandemia.
Não sou propriamente a favor de exposés no geral, mas não me é possível não ressalvar mais uma vez a hipocrisia latente destes homens gay que, na impossibilidade de acompanharem os tempos que vivemos, decidem, conscientemente, viajar para o passado e voltar a quererem ver subjugadas as minorias. Sejam elas raciais ou de orientação sexual e identidade de género. É uma atitude de auto-mutilação e homofobia internalizada que não os magoa só a eles como também a todas as pessoas na comunidade que estão diariamente a lutar contra preconceitos e discriminações que ele agora quer perpetuar e implementar. Isto sim, CHEGA.
*Inicialmente, devido a desatualização no site da Associação Variações, foi mencionado que ainda seria hoje Secretário.
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