Monkeypox: Organização Mundial da Saúde recomenda redução de parceiros sexuais no combate ao surto

Monkeypox: Organização Mundial da Saúde recomenda redução de parceiros sexuais no combate ao surto

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda redução de parceiros sexuais no combate ao surto de Monkeypox que continua a disseminar-se pelo mundo. Importa relembrar que sobre este surto houve primeiras reações de teor homofóbico, que levou inclusive à reação tanto das Nações Unidas, como de associações pela defesa dos direitos das pessoas LGBTI+. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, aconselhou agora homens gays, bissexuais e outros que fazem sexo com homens a reduzir o seu número de parceiros sexuais.

A OMS declarou no passado sábado a doença como uma emergência de saúde pública de preocupação internacional, o nível mais alto de alerta.

Ghebreyesus afirmou que 98% dos casos mundiais de Monkeypox confirmados desde maio estão entre homens que fazem sexo com homens.

“Este é um surto que pode ser interrompido se países, comunidades e indivíduos se informarem, levarem os riscos a sério e tomarem as medidas necessárias para interromper a transmissão e proteger grupos vulneráveis”, apelou Ghebreyesus. “Para homens que fazem sexo com homens, isso inclui, por enquanto, reduzir o seu número de parceiros sexuais, reconsiderar o sexo com novos parceiros e trocar detalhes de contacto com quaisquer novos parceiros para permitir o acompanhamento, se necessário.”

O vírus Monkeypox não é exclusivo dos homens

Importa reforçar que o vírus Monkeypox não é exclusivo dos homens que têm sexo com homens. Também pode infetar e ser disseminado na população geral através do contacto próximo, incluindo o contacto sexual. Em Portugal foi confirmado o primeiro caso neste surto de infeção de uma mulher.

“Além da transmissão através do contacto sexual, a varíola também pode ser transmitida nas famílias através do contacto próximo entre as pessoas, como abraços e beijos, e em toalhas ou roupas de cama contaminadas”, disse o chefe da OMS. Acrescentou ainda que o estigma e a discriminação em torno do vírus só contribuiriam para o surto.

Ghebreyesus recomendou que as pessoas com Monkeypox se isolem e evitem estar em contacto físico próximo com outras pessoas.

Portugal é o nono país do mundo com mais casos acumulados de Monkeypox (588), informou a OMS, alertando que os contágios reportados aumentaram 48% na última semana a nível global.

Recomendações da DGS para o Monkeypox

A Direção-Geral da Saúde passou a publicar um relatório semanal sobre o Monkeypox em Portugal e estas são as suas recomendações de combate ao surto em Portugal:


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Respostas de 6 a “Monkeypox: Organização Mundial da Saúde recomenda redução de parceiros sexuais no combate ao surto”

  1. […] saúde pública mundial, a SPLS vai juntar várias pessoas especialistas para abordar, pelas 21h, as recomendações da Organização Mundial da Saúde sobre o tema e o impacto da sua estigmatização nos cuidados de saúde e na vida […]

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  2. […] Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a redução de parceiros sexuais no combate ao surto. Têm surgido também debates com especialistas e ativistas que procuram dar resposta às questões […]

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  3. […] acordo com os últimos números da Organização Mundial da Saúde (OMS) – que recomendou a redução de parceiros sexuais no combate ao surto – houve duas mortes por Monkeypox em Espanha, uma no Brasil, uma no Equador e outra na Índia […]

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  4. […] acordo com os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) – que recomendou a redução de parceiros sexuais no combate ao surto – houve duas mortes por Monkeypox na Espanha, uma no Brasil, uma no Equador e outra na Índia – […]

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  5. […] Mais de 47.000 casos confirmados de Monkeypox e 13 mortes foram relatadas em 99 países até o momento desde o início do surto atual. A OMS declarou o então crescente surto de Monkeypox uma emergência de saúde global em julho e recomendou a redução de parceiros sexuais no combate ao surto. […]

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  6. Aqui em Lisboa Portugal, continuam as festas privadas, ninguém se preocupa até ficarem infectados, a sauna trombeta em Lisboa é um dos locais onde a infecção se espalha mais, pelo menos os casos de infecção conhecidos frequentaram a sauna e ou festas privadas.

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