
Na Sessão de Encerramento do Festival de Cinema Queer Lisboa 26 foram anunciados os filmes vencedores. Foram dadas a conhecer os prémios da Competição de Longas-Metragens, Competição de Documentários, Competição de Curtas-Metragens, Competição In My Shorts – que distingue o Melhor Filme de Escola Europeia – e Competição Queer Art.
Depois de duas edições sob fortes restrições sanitárias que apenas permitiram a ocupação das salas a 50%, fãs do Queer Lisboa 26 voltaram a ter a experiência da ocupação completa das salas, com várias sessões esgotadas. Esta edição permitiu à organização também acolher mais de 40 pessoas convidadas internacionais, vindas de países como o Chile, EUA, Brasil, Argentina, Espanha, Holanda, Reino Unido, França, Suíça, além de várias convidadas portuguesas.
Filmes vencedores do Queer Lisboa 26:
Competição Longas-Metragens
Melhor Filme: Wet Sand, Elene Naveriani (Suíça, Geórgia, 2021, 155’)
Diz o júri: “Pela sobriedade da forma como desenvolve a escrita cinematográfica e aborda a temática da discriminação social, pela direção e desempenho dos atores, pela inteligência com que os temas musicais dialogam com o tempo do filme, ganhando uma presença própria, Wet Sand é de uma beleza inequívoca.”
Menção Especial: Joyland, Saim Sadiq (Paquistão, 2022, 126’)
Prémio do Público: Joyland, Saim Sadiq (Paquistão, 2022, 126’)
Competição Documentários
Melhor Filme: Nuestros Cuerpos Son Sus Campos de Batalla, Isabelle Solas (Argentina, França, 2022, 101’)
“Pelo registro sensível e justo da luta diária de duas mulheres transgénero que se dedicam à ação direta, à transmissão das suas experiências e conhecimentos, e que defendem a convergência das lutas contra as várias formas de dominação e discriminação”, foram as razões apresentadas pelo júri.
Prémio do Público: Corpolítica, Pedro Henrique França (Brazil, 2022, 103’)
Competição Curtas-Metragens
Melhor Filme: Uma Rapariga Imaterial, André Godinho (Portugal, 2022, 42’)
“Uma Rapariga Imaterial é uma curta-metragem que, de uma forma inequivocamente inovadora, através da ideia de comunidade, nos convida a pensar num futuro líquido, cada vez mais próximo”, explicou o júri.
Menção Especial: Billy Boy, Sacha Amaral (Argentina, 2021, 25’)
Prémio do Público: Uma Rapariga Imaterial, André Godinho (Portugal, 2022, 42’)
Competição In My Shorts
Melhor Filme: Le Variabili Dipendenti, Lorenzo Tardella (Itália, 2022, 16’)
Diz o júri: “Le Variabili Dipendenti conquista-nos através de uma linguagem excecional, apresentando-nos, numa pulsão entre dois adolescentes, a descoberta dos seus desejos mais profundos.”
Menção Especial: The Greatest Sin, Gabriel B. Arrahnio (Alemanha, 2021, 25’)
Competição Queer Art
Melhor Filme: Neptune Frost, Saul Williams, Anisia Uzeyman (EUA, Ruanda, 2021, 105’)
“Premiamos Neptune Frost pela extraordinária direção de arte, pela visão crítica sobre a realidade contemporânea e pela forma como nos catapulta para um espaço de liberdade e esperança dentro dos conceitos queer”, disse o júri.
Menção Especial: Ultraviolette et le gang des cracheuses de sang, Robin Hunzinger (França, Suíça, 2021, 74’)
Encerrada mais uma edição do Queer Lisboa, estão já confirmadas as datas do Queer Lisboa 27, a ter lugar de 22 a 30 de setembro de 2023, no Cinema São Jorge e Cinemateca Portuguesa. Entretanto, terá lugar a 8.ª edição do Queer Porto, entre 29 de novembro e 4 de dezembro de 2022, no Teatro Rivoli, Reitoria da Universidade do Porto, Teatro Helena Sá e Costa e Maus Hábitos.

A esQrever volta a ser parceira media do Queer Lisboa em 2022.