França: protestante contra evento infantil de leitura de histórias por drag queens foi condenado com prisão

França condenou a 4 meses de prisão um protestante que tentou interromper com uma máscara e um megafone uma sessão infantil de leitura de histórias com drag queens.

Paul Carton, de 24 anos, foi considerado culpado por várias acusações pelo protesto em 13 de maio contra uma drag hour story em Saint-Senoux, França. O evento foi organizado pela cidade para crianças dos três aos seis anos. As drag queens que participaram estavam vestidas como um robô, uma princesa e um caracol.

Carton e cerca de 20 outros membros da organização de extrema-direita L’Oriflamme Rennes protestaram contra o evento e cantaram slogans LGBTIfóbicos. Carton admitiu em tribunal ter usado um megafone para tentar interromper a sessão infantil com drag queens.

Este é um estilo de protesto que também já foi visto em Portugal quando um grupo de manifestantes, liderado por um sujeito de megafone na mão, tentou silenciar as vozes da autora durante a apresentação do livro infantil “No Meu Bairro”.

Os promotores pediram ao tribunal que condenasse Carton a seis meses de prisão depois dele ter sido considerado culpado por promover o ódio com base na orientação sexual ou identidade de género, organizar um protesto não declarado, esconder o rosto em público e difamação pública. Eles argumentaram que Carton já tinha uma sentença acumulada de seis meses por um outro incidente não relacionado. O agora condenado tinha partido uma janela de um funcionário para que não recebesse uma outra sentença.

O tribunal condenou-o a quatro meses de prisão, bem como a uma multa de 500 euros e ao pagamento de 800 euros às três partes civis envolvidas no caso.

Um evento cultural para as famílias não deve ser alvo da extrema-direita

A presidente de Saint-Senoux, Antinéa Leclerc, disse que as crianças não viram os manifestantes que apareceram com os rostos cobertos por máscaras de esqui, mas “adolescentes que estavam do outro lado da rua ficaram em choque”.

Condeno veementemente o ataque a um evento organizado para crianças pequenas. É 2023 e as pessoas que participam num evento cultural numa biblioteca não devem ser alvos da extrema-direita”, disse Mathilde Hignet do partido de esquerda La France Insoumise.

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