
Nikki Hiltz qualificou-se para os Jogos Olímpicos pela equipa dos EUA após um desempenho recorde nos 1.500 metros femininos. Hiltz, que é uma pessoa não-binária e usa pronomes neutros, completou a prova em 3 minutos e 55,33 segundos, estabelecendo um recorde nas provas de qualificação.
“Tinha-me dito que só ia pensar em todo o amor e apoio que tenho nos últimos 100 metros,” disse Hiltz após a corrida. “E, nesse momento, deixei-me levar por essa energia até à linha de chegada. Acho que foi isso que me trouxe até aqui.”
Durante a prova, Hiltz esteve em quarto lugar, mas nos últimos momentos da corrida, conseguiu ultrapassar as adversárias, terminando em primeiro lugar.
“Este momento é maior do que eu. É o último dia do Mês do Orgulho… Queria correr por toda a minha comunidade LGBT. Vocês trouxeram-me até aqui nos últimos cem metros. Senti todo o amor e apoio,” afirmou.
Hiltz elogiou Elle St. Pierre, que terminou em terceiro lugar e foi a melhor estadunidense nas Olimpíadas de Tóquio, por a ter incentivado a correr mais rápido. “Elle St. Pierre elevou o nível das corridas de distância femininas. Vi o tempo dela e não achava que fosse possível. Tivemos de nos superar por causa dela. Estamos a enviar uma equipa incrível para Paris.”
Hiltz junta-se a um grupo restrito de atletas transgénero que chegaram às Olimpíadas de Paris. Quinn foi a primeira pessoa não-binário a competir e representou o Canadá no futebol feminino nas Olimpíadas de Tóquio em 2022 e tornou-se a primeira pessoa não-binária a ganhar uma medalha olímpica.
Hiltz tinha-se assumido como trans em 2021, no Dia da Visibilidade Trans: “Olá, sou Nikki e sou transgénero. Isso significa que não me identifico com o género que me foi atribuído à nascença. A palavra que uso atualmente para descrever o meu género é não-binário. A melhor forma de explicar o meu género é como fluído.”
Nikki Hiltz fez história ao qualificar-se para as Olimpíadas no último dia do Mês do Orgulho, trazendo visibilidade e inspiração à comunidade LGBTI+ com a sua conquista notável.

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