O Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, assinalado a 25 de novembro, volta a expor uma realidade dura: até 15 de novembro, a violência doméstica matou 13 pessoas em Portugal. O mesmo número de 2024, apesar de o ano ainda não ter terminado.
Das 13 mortes, 11 são mulheres (cerca de 85%) e duas são homens (cerca de 15%). Estes valores mostram o impacto desigual da violência doméstica entre géneros. Mostram também que as denúncias apresentadas por homens têm aumentado, refletindo maior visibilidade e menos estigma.
Desde janeiro, a GNR registou 10.251 crimes relacionados com violência doméstica. A corporação deteve 1.380 pessoas suspeitas e apreendeu 864 armas. Os distritos do Porto, Aveiro e Lisboa registam mais denúncias. Portalegre e Bragança apresentam os valores mais baixos.
Violência doméstica precisa ser retirada da cultura portuguesa
Os números de 2024 mostram uma tendência semelhante: 11.876 crimes e 13 mortes (12 mulheres e um homem). A violência doméstica continua a ser um problema estrutural, com impacto profundo na vida das pessoas, especialmente das mulheres.
A GNR reforça ações de sensibilização e formação interna para melhorar a resposta às vítimas e fortalecer as redes de apoio. Os Núcleos de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas contam com 186 profissionais especialistas e concluíram 97,5% dos inquéritos registados este ano.
O dia 25 de novembro, instituído pela ONU em 1999, lembra a urgência desta luta. Nesse dia, várias cidades em Portugal recebem manifestações que exigem respostas mais fortes e políticas públicas consistentes.
Se alguém precisar de ajuda, pode denunciar no Portal Queixa Eletrónica, no 112, nos postos da GNR, na App MAI112 ou na aplicação SMS Segurança.
Denunciar salva vidas.
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