Futebol: FIFA Multa Federações Por Cânticos Homofóbicos

A FIFA multou esta semana as federações de futebol de Argentina, México, Peru e Uruguai por comportamentos homofóbicos dos seus adeptos durante jogos de qualificação para o Mundial de 2018.

Em comunicado, a FIFA explica que “todas as multas estão relacionadas com cânticos homofóbicos entoados pelos adeptos, que violam o artigo 67 do código disciplinar“.

A cada uma das federações da Argentina, México, Peru e Uruguai foi imposta uma multa de 20.000 francos suíços [cerca de 18.270 euros], enquanto a do Chile foi condenada ao pagamento de 70.000 francos suíços [63.971 euros], por quatro casos.

O organismo que gere o futebol mundial fez ainda saber que está a ser analisada uma situação semelhante com adeptos hondurenhos.

A atitude da FIFA é um sinal de que a entidade optou, finalmente, por considerar os cânticos como “ofensas discriminatórias“. Durante o Mundial de 2014 no Brasil, organizações não-governamentais queixaram-se que a FIFA ignorou o problema, ao insistir que o tom dos gritos dos adeptos era “cultural” e não significava que eram homofóbicos. A entidade anunciou igualmente que passou a operar um “sistema de vigilância” nos jogos para detectar actos discriminatórios, nazis e racistas.

Que este seja um primeiro passo para erradicar a homofobia do futebol mundial!

Fontes: USA Today, Super Esportes e Lusa.


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Respostas de 4 a “Futebol: FIFA Multa Federações Por Cânticos Homofóbicos”

  1. […] reforçou a sua posição de tolerância-zero à discriminação, mas sabemos que, ainda assim, não tem conseguido parar os cânticos homofóbicos que ainda se ouvem frequentemente nos estádios. Mais, a própria FIFA parece ter dois pesos e duas medidas na luta contra as várias formas de […]

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  2. […] meio futebolístico e lamenta algumas atitudes dos adeptos em relação às pessoas LGBTI. “Já ouvi inúmeras vezes cânticos homofóbicos e comentários de adeptos” e, confessa, embora se esforce para que não o afetem quando está a jogar, é fora de campo […]

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  3. […] O grupo observou profundas desigualdades que continuam a limitar o acesso das comunidades trans à prática do desporto. Essas desigualdades variam de barreiras estruturais no acesso a instalações desportivas, treinos e programas desportivos, até a exclusão facilitada por estereótipos de género e corpo ou bullying e assédio anível individual ou coletivo, como cânticos homofóbicos em estádios e on-line. […]

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  4. […] no futebol, exigem punições mais severas da federação e do governo francês, lembrando que multas ou encerramentos parciais de bancadas têm-se revelado insuficientes. Num comunicado, escreveram: […]

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