Mais de 450 ícones feministas denunciam transfobia e posicionam-se contra TERFS

Pormenor da capa da Out.

Mulheres e raparigas trans têm sido parte integrante da luta pela libertação do género”, diz uma nova carta aberta lançada pela GLAAD. “Defendemos essa verdade e denunciamos a retórica antitrans em curso e os esforços que testemunhamos em vários setores.

Em homenagem ao Dia da Visibilidade Trans e ao Mês da História da Mulher, a GLAAD reuniu mais de 190 pessoas signatárias, incluindo celebridades cis e trans, atletas, ativistas, jornalistas, organizações de justiça social, empresas e outras figuras públicas para assinar uma carta aberta de apoio a todas as mulheres e raparigas trans.

Reconhecemos com clareza e força que as mulheres trans são mulheres e que as raparigas trans são raparigas”, diz a carta. “E acreditamos que honrar a diversidade de experiências das mulheres é uma força, não um prejuízo à causa feminista. Merecemos todas nós o mesmo acesso, liberdades e oportunidades. Merecemos igualdade de acesso à educação, emprego, saúde, moradia, recreação e acomodações públicas. E devemos respeitar o direito de cada pessoa à autonomia corporal e à autodeterminação.

Depois de abordar a onda de projetos de lei antitrans e proibições desportivas e de saúde nos Estados Unidos da América, a carta passa a abordar as TERF (feminista radical trans-exclusiva).

Esses esforços intolerantes também são auxiliados por um contingente de feministas autoidentificadas, que promovem ideias prejudiciais e violentas sobre pessoas trans há anos”, diz a carta.

A sua essência não é, de facto, feminista. As verdadeiras feministas não desejam limitar a identidade ou a liberdade de nenhuma mulher de ser plenamente ela mesma. Permitir que a retórica transfóbica não seja controlada também fortalece os esforços legislativos de pessoas políticas antitrans—que agora escondem o seu fanatismo num discurso sobre proteger ou apoiar as mulheres”, continua.

A carta aberta esteve em discussão no Podcast Dar Voz A esQrever 🎙🌈

Os signatários incluem atrizes como Alison Brie, America Ferrera, Beanie Feldstein, Brie Larson, Cara Delevingne, Cynthia Erivo, Halle Berry, Ilana Glazer, Jenny Slate, Julianne Moore, Lena Dunham, Lena Waithe, Regina King, Nathasha Lyonne, Sarah Paulson, Gabrielle Union, Tatiana Maslany e Uzo Aduba. Figuras culturais como Anna Wintour, Bella Hadid, Chelsea Clinton, Cheryl Dunye, Gloria Steinem, Lilly Singh, Melissa Etheridge, Megan Rapinoe, Janelle Monae, Selena Gomez e Tegan e Sara também assinaram. Elas juntam-se a mulheres trans que estão no centro das atenções, incluindo Raquel Willis, Amiyah Scott, Geena Rocero, Laverne Cox, Miss Major Griffin-Gracy, Mj Rodriguez, Munroe Bergdorf, Sarah McBride e Trace Lysette.

Esses nomes são acompanhados por organizações como Black and Pink, Inc. Amy Poehler’s Smart Girls, GLAAD, GLSEN, Go Magazine!, For the Gworls, Outsports, PFLAG National, Planned Parenthood, Pride Media (do qual Out faz parte), o Fundo de Vitória LGBTQ, Lesbians Who Tech and Allies, The Okra Project, The Women’s March, The Trans Lifeline, Universal Music Group, The Trevor Project e The transgender Law Center.

Agora, mais do que nunca, esse tipo de solidariedade é necessário. Pelo menos 44 pessoas trans foram mortas violentamente no ano passado nos EUA e este ano, mais de 80 projetos de lei antitrans foram propostos nos Estados Unidos. Mesmo com a visibilidade trans a aumentar ao longo dos últimos anos, os ataques contra as pessoas da comunidade também aumentaram. Quantas mais pessoas aliadas estiverem dispostas a levantarm-se e serem cúmplices das mulheres trans, melhor poderemos enfrentar esses ataques e vencer.

Como conclui a carta, “todas nós devemos lutar contra barreiras desnecessárias e antiéticas colocadas às mulheres e raparigas trans pela legislação e contra quem usa o rótulo feminista em nome da divisão e do ódio. O nosso feminismo deve ser expansivo sem remorsos para que possamos deixar a porta aberta para as gerações futuras.


Ep.159 – Abuso sexual, mitos e factos na primeira pessoa (reedição) Dar Voz a esQrever: Notícias, Cultura e Opinião LGBTI 🎙🏳️‍🌈

O CENTÉSIMO QUINQUAGÉSIMO NONO episódio do Podcast Dar Voz A esQrever 🎙️🏳️‍🌈 é apresentado por Pedro Carreira. Sim, este episódio é especial e uma reedição de um episódio anterior dedicado ao abuso sexual, contado na primeira pessoa. Dado os recentes e mediáticos casos de abuso sexual na Igreja Católica a virem à superficie achamos que os conteúdos reeditados deste episódio fazem mais sentido que nunca e, acima de tudo, podem ajudar vítimas de crimes semelhantes de violência sexual a não se sentirem tão sozinhas. Associações de apoio especializado à vítima de violência sexual:- Quebrar o Silêncio (apoio para homens e rapazes vítimas de abusos sexuais)Linha de apoio: 910 846 589 Email: apoio@quebrarosilencio.pt- Associação de Mulheres Contra a Violência – AMCVLinha de apoio: 213 802 165 Email: ca@amcv.org.pt- Emancipação, Igualdade e Recuperação – EIR UMARLinha de apoio: 914 736 078 Email: eir.centro@gmail.com Artigos mencionados no episódio: Sobre abuso sexual, orientação sexual e o silenciamento das vítimas O nosso corpo Quebrar O Silêncio: Vítimas de abusos sexuais estão em crise Abusos sexuais na Igreja: prescrição de crimes deve aumentar para 30 anos da vítima, defende Comissão Jingle por Hélder Baptista 🎧 Este Podcast faz parte do movimento #LGBTPodcasters 🏳️‍🌈 Para participarem e enviar perguntas que queiram ver respondidas no podcast contactem-nos via Twitter e Instagram (@esqrever) e para o e-mail geral@esqrever.com. E nudes já agora, prometemos responder a essas com prioridade máxima. Podem deixar-nos mensagens de voz utilizando o seguinte link, aproveitem para nos fazer questões, contar-nos experiências e histórias de embalar: https://anchor.fm/esqrever/message 🗣 – Até já unicórnios 🦄
  1. Ep.159 – Abuso sexual, mitos e factos na primeira pessoa (reedição)
  2. Ep.158 – Festival da Canção (parte III), Dia Internacional das Mulheres e Portugal contra a LGBTIfobia húngara
  3. Ep.157 – Festival da Canção (parte II), Loreen, Ellie & Riley e Bans Drag outra vez

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