A fluidez de género de Jaden Smith

No ano de 1998, Will Smith era um dos maiores actores do cinema mainstream norte-americano, fruto de sucessos como Dia da Independência e Homens de Negro. Nesse ano recebe com a esposa, a também actriz Jada Pinkett, o primeiro filho de ambos, Jaden. É inegável que Jaden, actor e cantor, tal como a sua irmã Willow, se tornou numa celebridade muito graças ao estrelato cimentado pelo pai, com quem contracenou em filmes como À Procura da Felicidade e Depois da Terra.

No entanto, Jaden parece estar a trilhar um caminho próprio e inesperado no mundo da moda. Foi hoje anunciado que o actor, de apenas 17 anos, se tornou num dos modelos da nova campanha da Louis Vitton, apadrinhado pelo director criativo Nicolas Ghesquière. Nada fora de comum entre celebridades mas este anúncio chega com um “twist”: Jaden veste orgulhosamente a colecção feminina Primavera/Verão da reconhecida marca Parisiense.

Não é a primeira vez que Jaden Smith mostra a sua rebeldia na forma de vestir, tendo ainda há pouco tempo comparecido ao baile de formatura do seu liceu acompanhado pela sua namorada. Smith parece não se preocupar muito com as críticas mais insípidas e a sua fluidez de género é refrescante, particularmente num ambiente ainda tão conservador no que toca em temas LGBTQ como Hollywood.

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O jovem não tem como intuito assemelhar-se a uma mulher na forma de vestir, mas acaba por arrasar convenções por o fazer com tamanha naturalidade e descontração. Numa sociedade ainda tão vincada pelo machismo impregnado nas lides quotidianas, assente numa visão patriarcal da mulher enquanto género fraco. Tal é demonstrado pelo facto de ser mais “aceitável” e “digno” uma mulher vestir-se de homem do que o contrário. Esperemos que Jaden Smith seja apenas um dos primeiros exemplos de que estas convenções arcaicas de género estejam no início do seu declínio.

Fonte: Daily Beast.

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