Quem viveu fervorosamente os anos 90 não conseguiu resistir ao sucesso improvável que foi Xena: Warrior Princess. Criada em 1995 como um spin-off de outra série de aventura baseada na figura de Hércules, rapidamente ultrapassou a sua origem em sucesso. Parte do encanto concentrava-se na figura magnética de Lucy Lawless, uma Amazona, heroína improvável que ansiava pela redenção dos seus pecados passados. Não era na altura muito comum ter uma mulher na frente de uma série, muito menos com a força bélica e natureza atormentada de Xena.
Também se tornou numa série simbólica para a comunidade lésbica que vivia no companheirismo ainda que timidamente romântico entre Xena e a sua co-protagonista Gabrielle um dos poucos reflexos da sua sexualidade visível em televisão, numa altura em que Ellen DeGeneres ainda não tinha feito a sua bombástica declaração que mudou os Estados Unidos da América para sempre. Desde então que a série tem ganho estatuto de culto e a eternamente bela Lawless tornou-se numa figura quase mítica dos nerds, com participações de destaque em Battlestar Galactica, The X-Files e até Parks and Recreation.
Talvez por isso não seja de estranhar que tenha sido recentemente anunciado uma ressurreição da série a ser exibida na estação de televisão americana NBC. No entanto a notícia que Xena seria agora abertamente homossexual nesta nova incarnação do conto da guerreira não deixou ninguém indiferente. Javier Grillo-Marxuach, um dos produtores de LOST e The 100 e agora deste reboot de Xena, disse num Q&A no Tumblr: “Não faz sentido trazer de volta a Xena senão para o propósito de totalmente explorar uma relação que só podia ser mostrada em forma subtexto nos anos 90”. Com esta promessa aguardamos o (merecido) regresso da guerreira e lembramos o genérico que tantos fins-de-semana alegrou:
Fonte: Salon