
Inaugurou em junho a exposição “Adeus, Pátria e Família” no Museu do Aljube em Lisboa e numa tarde quente fui visitá-la. Tão habituado a descobrir museus que contem as histórias da resistência e da luta pelos direitos LGBTI+ em visitas ao estrangeiro, ainda são poucas as vezes que o fiz em terras lusas. Talvez não aconteça por ignorância minha, mas, acredito, também por serem escassas. Daí que uma caminhada de 15 minutos a uma exposição gratuita num museu central da cidade de Lisboa me impeliu para a ir ver mal surgisse a primeira oportunidade.
A exposição, que contou com a curadoria de Rita Rato e Joana Alves, aborda as dinâmicas e tensões entre a repressão e as resistências de diversidade sexual e de género durante a ditadura e após a Revolução. Pretende fazer compreender como essa tensão condicionou a vida quotidiana e perpetuou práticas e discursos opressivos e discriminatórios, especialmente contra a população LGBTI+, marcando a sociedade portuguesa até à atualidade.
É uma viagem agridoce, pois se são inquestionáveis os avanços nos direitos humanos verificados desde o fim da ditadura, também é verdade que há argumentos preconceituosos que perduram até aos dias de hoje. Há pois que não esquecer e muito menos desarmar.
Sem substituir uma merecida ida à exposição “Adeus, Pátria e Família” (horários em baixo), fica aqui o registo fotográfico condensado da mesma (clicar para ver na resolução máxima):
















Horários da Exposição “Adeus, Pátria e Família”
MUSEU DO ALJUBE, LISBOA:
TER – DOM • 10H – 18H • ENTRADA LIVRE • 28 DE JUNHO DE 2022 A 29 DE JANEIRO DE 2023
Ficha Técnica
CURADORIA • Rita Rato e Joana Alves
DESENHO DE EXPOSIÇÃO • Ricardo Carvalho Arquitectos & Associados
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