
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem vindo a promover o progresso da saúde pública no apoio a pessoas trans e de género não conforme. Embora seja um caminho que tem levado o seu tempo, as últimas diretrizes da OMS para a saúde das pessoas trans são claras: o cuidado de afirmação de género é uma parte fundamental para garantir a saúde das pessoas trans e de género diverso.
Num artigo agora publicado no Journal of the International AIDS Society, as pessoas autoras das diretrizes da Organização Mundial da Saúde explicam que incluíram “incongruência de género” no seu kit de ferramentas de diagnóstico não para patologizar a disforia de género, mas com a intenção de garantir que as pessoas trans e de género diverso tenham acesso a recursos de saúde dedicados. Entre eles, é dada especial atenção aos cuidados de afirmação de género, como tratamentos hormonais e cirurgias.
As diretrizes enfatizam ainda “a importância de programas nacionais estabelecerem e fornecerem cuidados que afirmação de género ou vinculação e encaminhamento efetivos para serviços que possam fornecer tais cuidados”. É igualmente dado destaque à importância do apoio financeiro para tais intervenções, dentro do compromisso das Nações Unidas com o acesso universal aos cuidados de saúde.
Além disso, as diretrizes da OMS ressaltam a importância de reconhecer as identidades trans em documentos oficiais, tanto como fonte de bem-estar mental como forma de aceder aos cuidados dedicados.