
Tal como nos Jogos Olímpicos de Tóquio, o Mundial de Futebol Feminino irá receber um número recorde de atletas LGBTQ+. Ao contrário do seu homólogo Masculino, pelo menos 94 futebolistas lésbicas, bissexuais, trans ou não binárias irão competir no evento na Austrália e Nova Zelândia.
Até agora, o total conhecido de 94 jogadoras LGBTQ+ mais do que duplica o número que jogou no torneio de 2019 em França. Apesar de nos últimos quatro anos o número de equipas que participam no Mundial tenha crescido de 24 para 32, o número recorde deste ano reflete o crescimento da aceitação no desporto.
O número contempla apenas futebolistas que tenham feito o seu coming out publicamente e/ou que vivam as suas vidas aberta e orgulhosamente nas redes sociais.
A maioria das jogadoras são de países que aceitam as identidades LGBTQ+. Estes incluem os Estados Unidos da América, países europeus e as nações anfitriãs. Depois da Austrália, o Brasil é aqui a equipa estrangeira com mais atletas LGBTQ+, onde nove das 23 jogadoras se identificam como LGBTQ+, incluindo a lendária Marta Vieira da Silva que está a competir no seu sexto Mundial. Também a icónica Megan Rapinoe irá participar, uma última vez, no Mundial. A capitã da seleção nacional, Dolores Silva, encontra-se na lista e junta-se a outras 7 capitãs LGBTQ+.
Estes números são prova do quão longe os principais desportos femininos caminharam na presença e aceitação de atletas queer. O Mundial de Futebol Feminino é assim um novo impulsionador da integração e do orgulho das suas atletas LGBTQ+.
A seleção portuguesa – que fez história ao qualificar-se – vai jogar contra os Países Baixos a 23 de julho, o Vietname a 27 de julho, e os Estados Unidos a 1 de agosto.
Atualização 20 de agosto
Espanha consagrou-se campeã do mundo.
A espanhola Alba Redondo demonstrou o seu afeto ao beijar a namorada, Cristina Monleón, no início do Mundial.

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