
Quarenta e nove casos de mpox foram detetados em Portugal resultantes de um novo surto, segundo dados divulgados pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).
“Este novo surto caracteriza-se por uma estirpe diferente do surto de 2022, reflectindo a reintrodução do vírus no grupo de maior risco em Portugal e cadeias de transmissão potenciadas no contexto de eventos e festivais de Verão”, adianta a DGS.
Dos casos detetados, 17 (44%) referem que frequentaram saunas, 33 (85%) tiveram contactos sexuais com múltiplos parceiros e 18 (46%) indicaram que participaram em actividades de sexo em grupo e/ou anónimo, alguns em contexto de festivais de verão. Nenhuma pessoa referiu que fez viagens ao estrangeiro.
Desde o início do surto de mpox, foram reportados em Portugal 1002 casos, incluindo um óbito, sendo que desde o passado dia 27 de março que não eram reportados novos casos em Portugal.
Foram vacinadas 4823 pessoas, a maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo. Face ao ressurgimento de novos casos em Portugal, a DGS reforça a necessidade do isolamento dos casos e da interrupção das cadeias de transmissão entre expostos.
Prevenção é a chave contra a disseminação mpox em Portugal
A DGS recomenda:
- Gestão de casos confirmados, nomeadamente no que se refere a:
– Isolamento domiciliário e distanciamento físico até à resolução das lesões (queda das crostas);
– Restrição de contacto físico próximo (coabitantes), pele-com-pele ou pele-com-mucosa, incluindo contactos sexuais, até resolução das lesões (queda das crostas);
– Distanciamento físico, evitando a permanência em espaço comum com coabitantes; essa privação é especialmente relevante se a pessoa coabitar com crianças pequenas, grávidas e pessoas imunodeprimidas;
– Lavagem e/ou higienização frequente das mãos. - Vacinação pós-exposição com 2 doses a contactos de casos confirmados.
- Vacinação pré-exposição com 2 doses em pessoas com risco acrescido de exposição a vírus mpox. A lista de locais de vacinação encontra-se atualizada no site da DGS na página de Perguntas Frequentes.