7.28 – It’s not easy to walk away*

* Excerto de “Come back for you”, de Grace Mitchell

Grace Mitchell chega de Portland, nos Estados Unidos da América, e tem como objetivo inovar e trazer algo de novo à música pop, adotando uma postura que, segundo a própria, lhe permite experimentar com diferentes sonoridades e contar histórias. A sua abordagem eclética à música decorre de uma infância e adolescência em que a música esteve sempre presente de forma significativa, tendo durante esse período explorado diversos interesses até ter conseguido focar-se no tipo de música que se tornou a sua inspiração. Neste sentido, assume-se como fã incondicional de Tori Amos, sem prejuízo da sonoridade associada à sua música refletir influências de muitos outros artistas. Apenas com 19 anos, Grace traz na bagagem já dois EPs, “Design”, de 2014 e “Raceday”, de 2015, encontrando-se atualmente a finalizar o trabalho naquele que será o seu primeiro álbum completo.

Alice Merton cresceu entre o Canadá e o Reino Unido antes de se ter estabelecido na Alemanha, onde procurou aprofundar o seu trabalho musical. A música de hoje, “No roots”, aborda o facto de ter vivido em vários sítios e de se assumir como não tendo raízes em nenhum dos lados, tendo a composição musical adotado um aspeto terapêutico em relação ao sentimento de não pertença. Alice explica que o facto de nunca ter ficado muito tempo em lado nenhum levou à sensação de estar perdida, tendo então decidido abordar esta temática numa canção de modo a explorar esse sentimento e fazê-la sentir-se melhor.

NVDES é um coletivo de criadores que criam música, e que assume colaborações com diferentes artistas que assumem um papel inspiracional para a música que é criada. Assume como principal objetivo o de forçar os limites geralmente associados à criação de música com base em computadores, procurando explorar e capturar sentimentos de despreocupação e excitação espontâneos. Considera não existir uma sonoridade definida que guie os trabalhos produzidos até à data, procurando antes refletir a espontaneidade da criação e capturar o momento que levou até esse momento, o que é explorado em “Life with Lobsters”, o seu mais recente EP, lançado no final de 2016.

Ainda uma referência especial para Transviolet, um quarteto de Los Angeles que se descrevem como “small-town kids” e que chegam com uma sonoridade e imagem cuidada e que assumem uma postura interventiva no papel de alguém que quer ser ativo na criação do próprio futuro, tendo inclusive espelhado esse objetivo no nome da banda. De acordo com os próprios, “We believe that our generation can learn to live mindfully, and peacefully and evolve, thus ‘trans’ as in short for ‘transcendence. To sum it up, Transviolet is transcendence into a new, violet awareness”.

A playlist desta semana inclui ainda a música de Zhala, Wild Ones e BAYNK, num conjunto de música eclético que dá a conhecer diferentes sonoridades.

 

 

 

 

Os destaques visuais desta semana vão para Zhala, Wild Ones e Transviolet, em perspetivas visuais diferentes que vale a pena conhecer.

Enjoy!

Zhala – I’m In Love

 

 

 

Wild Ones – Dim the Lights

 

 

 

 

 

Transviolet – The Hamptons

 

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