“Percorri a minha vida nas sombras durante muito tempo, mas agora é a altura de me assumir“, foi assim que o reformado nadador e campeão mundial Mark Foster assumiu, aos 47 anos, a sua homossexualidade.
Queria tê-lo feito quando tinha 21 anos e encontrei meu primeiro parceiro. Mas eu não estava pronto. Compartilhar sempre foi o problema. Acostumei-me a evitar a verdade.
Nas competições de natação, eu saía com mulheres para desviar a atenção dos meus sentimentos. Não que não gostasse e estar com elas, simplesmente preferia homens. Mas aceitei que era gay quando me apaixonei pelo meu primeiro namorado, o Vincent.
Quando parou de competir, Foster explicou que “havia um lado sombrio“, dado que estava preocupado com o fato de que assumir-se gay poderia afetar o seu trabalho: “As escolas de natação onde trabalha têm crianças e há uma falsa percepção de que ser-se gay é igual a ser-se pedófilo e eu nunca quero ser visto como uma ameaça para as crianças.”
Sobre outros desportos, nomeadamente o futebol, Foster explica que entende o que trava jogadores de se assumirem gays: “O futebol é um estranho mundo impulsionado pela testosterona e é o último bastião. Mas se um futebolista se assumisse gay, isso mudaria muitas mentes.”
Venham pois mais exemplos como o de Foster, de preferência e se possível, enquanto estão ainda no ativo.
Fontes: The Guardian e Imagem.