“Que desafios diários têm os pais e mães na educação de crianças LGBTI?”
É esta uma das questões que amanhã, dia 18, o debate “Desafios às Diferentes Parentalidade” promovido pelas associações Quebrar o Silêncio, HeForShe Portugal e Amplos tentará dar resposta. Quantas vezes tem a família de uma criança ou jovem LGBTI assumir-se perante outras pessoas? Que consequências tem esse passo na relação familiar?
Mas quando falamos em parentalidades há igualmente outras questões, talvez menos imediatas, que importam ser colocadas. Quando as mulheres afetam diariamente mais 1 hora e 40 minutos ao trabalho doméstico e de prestação de cuidados a crianças e a pessoas adultas dependentes do que os homens, “como pode o uso do tempo dos homens e das mulheres influenciar a igualdade de género ou reforçar os estereótipos de género?”
Note-se que os homens portugueses são dos que menos usam do seu tempo nas tarefas domésticas, criando um fosso de género de 60%. Em termos europeus, regrediu-se neste campo em 12 países. Apenas um terço dos homens se dedica diariamente a cozinhar e a fazer tarefas domésticas, em comparação com 79% das mulheres. Os homens também têm mais tempo para atividades desportivas, culturais e de lazer.
Como se não bastasse, quando são as mulheres quem mais se ausenta do trabalho por motivos de prestação de cuidados a crianças ou a pessoas adultas e são também elas que mais referem ter dificuldades de concentração no trabalho pago devido às responsabilidades familiares, perguntamos, “serão a maternidade e a carreira incompatíveis?”
Quando foi revelado este ano que mais de um terço de estudantes LGBTI de escolas portuguesa sentem-se inseguros e inseguras em ambiente escolar devido à sua orientação sexual e identidade de género, perguntamos, “as escolas continuam a reproduzir os valores tradicionais da masculinidade e a valorizar a masculinidade hegemónica?”
São estas e outras reflexões que amanhã, a partir das 15h na Sala de conferências do British Council, estarão a debate na conversa moderada pela jornalista Aline Flor e apresentada pelo Eng. Emanuel Carvalho, diretor do British Council, sendo que o painel será constituído por:
– Jean Von Hohendorff
– Manuel Abrantes
– Mónica Canário
– Margarida Lima de Faria
– Ângelo Fernandes
Inscrevam-se gratuitamente aqui e sigam o evento no Facebook.