Disobedience é um dos filmes mais aguardados do Queer Lisboa 22, realizado pelo chileno Sebastián Lelio, traz ao ecrã Rachel McAdams e Rachel Weisz numa história de amor secreto e de como podemos, ou não, ganhar a nossa própria liberdade quando nos deparamos com a pressão da tradição, dos costumes e da religião.
Ronit (Weisz), filha ausente e esquecida de um rabino ortodoxo, regressa a Londres para o funeral do pai e vê-se reunida com duas importantes figuras da sua juventude: Dovid (Alessandro Nivola) e a sua mulher Esti (McAdams). Neste reencontro Ronit e Esti reencontram também a paixão que as uniu na adolescência. E é aqui que surge a memória do amor livre e, agora que está mais uma vez diante de ambas, o que fazer com ele.
Baseado na galardoada novela homónima de Naomi Alderman, Disobedience é um filme que tinha tudo para ser grandioso nesta história de identidade a batalhar a tradição religiosa, mas acaba por se deixar ficar pela superfície e nem o magnífico duo de atrizes, salvam as duas personagens demasiado frias e vazias. Queríamos muito acreditar nelas, nas suas dúvidas, recuos e avanços, mas ficámos com uma sensação que não chegámos sequer a vislumbrar aquilo que viveram para lá de um denso nevoeiro.