Beijo entre Gus Kenworthy e Matt Wilkas considerado ‘momento desportivo gay do ano’

O beijo entre o esquiador olímpico Gus Kenworthy e o seu namorado Matt Wilkas durante os Jogos Olímpicos de Inverno, foi chamado de “o momento desportivo gay de 2018” pela revista Outsports.

Para mim, o beijo Kenworthy-Wilkas foi o icónico momento desportivo LGBT de 2018”, escreveu Jim Buzinski, da Outsports. “Destacamos os nossos e nossas atletas, mas por um único momento, nada bateu o beijo de poucos segundos.

Kenworthy não conseguiu uma medalha nas Olimpíadas de PyeongChang, na Coreia do Sul, em fevereiro passado, mas o beijo fez história e o atleta reconheceu sua importância:

Ser capaz de fazer isso, dar-lhe um beijo, ter esse afeto transmitido ao mundo é incrível. A única maneira de realmente mudar percepções, derrubar barreiras, acabar com a homofobia é através da representação. Isso definitivamente não é algo que eu tive quando criança. Eu nunca vi um atleta gay beijar o seu namorado nas Olimpíadas. Acho que se tivesse, seria mais fácil para mim.

Kenworthy ganhou uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014 em Sochi, na Rússia, e saiu do armário um ano depois. Durante os jogos deste ano, ele e um colega da patinagem artística, Adam Rippon fizeram muitas críticas a Donald Trump e Mike Pence. Quando Kenworthy quebrou o polegar durante os treinos, ele disse que não iria impedi-lo de competir, mas ele estava feliz por impedi-lo de apertar a mão de Pence.

A NBC, que transmitiu o momento nos Estados Unidos, tratou-o como tem tratado os momentos de afetos entre atletas heterossexuais e isto aconteceu apenas dois anos depois da mesma estação não ter mencionado que o mergulhador olímpico Tom Daley é gay, apesar da presença do então namorado Dustin Lance Black, o guionista vencedor do Oscar que acabou por se tornar no seu atual marido. Também nesse ano de 2016, a NBC referiu-se à esposa de uma jogadora brasileira de vólei como o seu marido. Já em 2008, a NBC ignorou a presença do namorado do mergulhador Matthew Mitcham.

Um dia, a visão de dois homens a beijarem-se pode tornar-se comum, escreveu Buzinski. Mas por enquanto, “garanto que havia jovens atletas LGBT a lidar com as suas lutas internas que tiveram um momento de esperança ao ver algo tão natural como um beijo entre dois homens.

Fonte: Advocate.

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