Como podemos não ter sensibilização LGBTI nas nossas escolas?

Quando já na próxima semana o Brunei vai punir sexo entre gays com apedrejamento até à morte? Quando temos campos de concentração na Tchetchénia sem resolução à vista? Quando temos um Bruno Vitorino, deputado pelo PSD, a considerar “uma porcaria” a palestra de sensibilização dada pela rede ex aequo, uma associação de e para jovens LGBTI, numa escola do Barreiro? Quando, em pleno noticiário do horário nobre da SIC, temos uma Manuela Moura Guedes a afirmar que o I, de LGBTI, é de Ideologia de Género? Quando temos uma polémica pelo lançamento de uma linha de roupa unissexo? Quando temos um Armindo Leite, da comissão política da concelhia do CDS-PP de Barcelos, a insultar a deputada Isabel Moreira de “fufa de merda“?

Pergunto, como podemos não ter sensibilização LGBTI nas nossas escolas? Como podemos achar que sensibilizar as futuras gerações perante uma realidade, tão próxima como a do colega do lado, é condenável? Como podemos permitir que o grau de homofobia, bifobia e transfobia alcance um nível tal de demagogia que arriscamos a recuar perante a liberdade que, todos e todas, alcançámos nas últimas décadas? Como podemos iludir-nos que todo este movimento não é, na realidade, um verdadeiro perigo eminente para todas as pessoas que não sigam à risca um determinado conservadorismo? Como podemos acreditar que um dia não nos calhará a nós? Quão inertes precisamos estar para que tudo isto nos rebente na cara mais cedo ou mais tarde?

Ganhar consciência daquilo que somos e de quem nos rodeia é pois fulcral para que tenhamos empatia perante outrem. E isso acontece desde criança, dado que nessas idades somos autênticas esponjas daquilo que nos rodeia. E os exemplos com que nos cruzamos têm o poder de nos moldar a visão perante o mundo. E reparem que não falo em moldar a nossa identidade, a nossa orientação sexual, o nosso género, simplesmente moldar a forma como encaramos quem está ao nosso lado, diante de nós, independentemente daquilo que somos.

Em que idades se deve então começar a falar de orientação sexual, identidade e expressão de género? É precisamente a resposta a esta questão que a rede ex aequo pretende esclarecer sem margem para dúvidas. Basta saber e querer ouvir. Assim seja:

Fotografia por Monika Kozub.


One comment

  1. Para reflectir, se quiserem

    Muito provavelmente, os grupos LGBTI, não conhecem a Língua Materna. Como Professora que sou vou dar-vos uma liçãozinha de graça.
    Conhecem exactamente o conceito e o significado da palavra “fobia”?!
    Pois bem, fobia, basicamente é medo ou repulsa patológica, neurose, pânico, cujo tratamento requer intervenção de profissionais da saúde.

    Algum dos que escrevem neste espaço consideram, mesmo que a Sociedade que não vos aceita é toda doente?! Claro que não. Apenas e tão só, as vossas posições não cabem na lógica muito simples de natureza. Querem complicar porque são, por natureza complicados, com suas mentes depravadas e sórdidas. Paciência tem limites. Vão-se tratar, a sério.
    Da sigla, até à letra “T”, conheço o significado: A partir daí deixei de querer perceber porque tenho mais com que me ocupar e não quero gastar os meu neurônios, nem espaço na minha rica memória.

    L de lésbica; G de gay; B de bissexual; T de travesti e, (penso) de trans. No início, até que respeitava e tolerava alguém que, eventualmente nascesse com inclinação homossexual, como lésbicas e gays, isto a considerar que ninguém escolhe, a quem amar.

    Passado alguns anos deixei de entender os bissexuais, por ver neles algo de muito desiquilibrado e depravado, sujo, nojento. Os travestis e trans, nem falemos, porque aí tenho mesmo uma infinita pena, pois são pessoas, sem identidade, sem personalidade que precisam de tratamento. Não porque metam “medo” a ninguém, mas porque são mesmo uma aberração, como deficientes e doentes que não querem admitir que o são.
    Não são normais e ponto final.
    Conclusão, calem-se lá com essas pseudo-fobias porque, quando muito poderemos ter receio da influência negativa na cabeça dos nossos filhos e/ou netos. Sentimento semelhante, relativamente às más companhias de toxico-dependentes, por exemplo.
    Portanto, eu tiraria um filho meu, por precaução e não por preconceito da presença de qualquer indivíduo que o pudesse prejudicar e influenciar negativamente, ou de uma escola onde existisse (des)educação, ou sensibilização lgbt.

    Durante várias gerações, não conheço elementos da minha família que tenha esse tipo de “demência”, mas, daqui em diante tudo pode acontecer, não por efeitos genéticos, mas por influência desta “modernice” estúpida que pretende descontrair a Sociedade, como tal, e provocar rotura na cultura e sobretudo na família tradicional, com fins ocultos de engenharia social. Apoderam-se de pessoas fragilizadas para atingir os seus objectivos e vocês ou não se dão conta.
    Entendem, ou querem que faça um desenho?!

    A minha intenção aqui é alertar-vos de que, quem está errado e equivocado sois vós, porque o vosso “pecado” vos toldou a inteligência e já não tendes capacidade de tentar, pelo menos admitir que estais muito desfasados da realidade, completamente alienados… A minha liberdade e o meu espírito é tanto mais clarividente, quanto possuo um desapego aos prazeres mundanos, até mesmo na alimentação. Já repararam que, quanto mais dependências arranjamos mais escravos nos tornamos?! Eu não dependo de nada, nem de ninguém para ser feliz. Gosto de ser como sou. Uma MULHER perfeitinha, por sinal. Pensem…Ah, e não estou aqui para “xingar” ninguém…não faz parte da minha personalidade, gozar e, muito menos desrespeitar ninguém. “Chamo os bois pelos nomes”, sem eufemismo de qualquer espécie. Pronto, falei, disse…

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