
Começo por fazer um disclaimer: eu faço parte da equipa que organiza o Arraial Lisboa Pride e, como tal, tenho uma visão muito própria da importância do evento – até porque ele me “sai do pêlo”.
Faço um segundo disclaimer: não me lembro do meu primeiro Arraial. Sei que foi em 2012, mas não o consigo situar nas imagens da minha cabeça.
Lembro sim, e bem, a excitação da preparação do Arraial, as caras das pessoas nas reuniões de preparação, o frio na barriga do dia e o cansaço absurdo do domingo (e nos vários dias seguintes).
Todos os anos o ciclo é o mesmo e já lá vão 7 anos! Às vezes pergunto-me quantas mais emoções é que o Arraial Lisboa Pride me poderá ainda dar e a verdade é que todos os anos há qualquer coisa inesperada – invisível para o público – mas fulcral para mim, e muitas vezes também para esta equipa da organização.
Este ano não é exceção.
Hoje é Dia Mundial das Pessoas Refugiadas e não sei se têm noção, mas a ILGA Portugal acompanha anualmente várias pessoas que precisam de proteção internacional e que nos contactam quer a partir dos seus países de origem quer já em Portugal.
Esta segunda-feira conheci mais uma destas pessoas, deixou tudo à procura de uma hipótese de ser feliz, de ser livre, de viver. E deixou tudo porque lhe respondi a um email e disse que a podíamos ajudar.
Esta mesma pessoa disse-me ontem que, agora que estava em segurança, o que mais queria era ir ao Arraial Lisboa Pride, conhecer pessoas, rir e dançar. Caiu-me o chão. Relativizei todos os dramas de organização do maior evento LGBTI do país e recentrei as prioridades.
O Arraial também é isto, acima de tudo é isto. Liberdade!
São dezenas de milhares de pessoas que vêm ter connosco todos os anos, são mais de 4000 horas de voluntariado e tudo isto para durante 12h, em segurança e em público, sermos quem somos, vivermos como queremos e com quem queremos.
Esta liberdade não devia durar 12h, mas ainda não estamos aí.
É para isso que a ILGA e tantas outras associações, LGBTI e outras, trabalham todos os dias.
O orgulho em ser-se lésbica, gay, bissexual, trans, intersexo e tantas outras identidades não se esgota nas Comemorações do Orgulho, mas irradia luz e energia nesta altura.
Acabo todas as formações a dizer o mesmo e aqui também me faz sentido dizê-lo: a igualdade é um dever de todas e todos nós.
Por isso: pessoas aliadas, família, pessoas amigas, colegas de trabalho saiam do armário! Venham dançar do lado certo da história, venham viver em liberdade connosco.
Eu já cá estou e espero também por vós.
Até sábado 🙂
Marta Ramos, Diretora Executiva da ILGA Portugal
Apenas posso dizer, “que tristeza”, “qual liberdade”??!” Aproveite essa energia e faça algo de positivo. Sim porque o que está a realizar, (acredito que, com a melhor das intenções), é muitíssimo negativo!!
Por favor abra os olhos, menina!! “mas irradia luz e energia nesta altura”? Que luz princesa?! Isso é TREVAS, das mais densas. Isto não é uma opinião, apenas. Não!! tenho a certeza daquilo que falo. Parem com isso, vos peço. estais a dar escândalo desnecessário.
Ajude as pessoas de outro modo, defendendo-as, sim de abusos.
No fundo essas pessoas são escravas dos seus vícios e da” sua suposta liberdade”. Pensam que são livres em fazer o que lhes apetece, mas não!!! São mais escravas do que todos os escravos juntos.
Hoje é feriado Nacional, porquê?! Já alguém se perguntou?! Qual é a raiz da nossa cultura?!
Sou católica e estou aqui a apelar para vós, parem por uns momentos para pensar o quanto Deus vos ama e o quanto vocês O OFENDEM, com as vossas “”liberdades””, com muitas aspas. Pensem…vocês são inteligentes…eu sei.