
Justin Fashanu, o primeiro e único futebolista profissional abertamente gay da Grã-Bretanha, será postulado postumamente no Hall of Fame no National Football Museum em Manchester, esta semana.
Em 1990 Justin Fashanu assumiu-se como gay, mas oito anos passados, devido aos sucessivos ataques homofóbicos de que foi vítima – onde se incluem a falta de apoio da família e até uma promessa de 75 mil libras por parte do irmão para não(!) sair do armário, acabou por se suicidar.
Será reconhecido numa cerimónia esta quarta-feira no museu no centro da cidade. A sobrinha de Fashanu, Amal, que administra a Justin Fashanu Foundation, que trabalha para aumentar a consciencialização sobre a homofobia no desporto, receberá o prémio pelo que teria sido o 59º aniversário do seu tio.
Enquanto alguns jogadores de futebol saem do armário após a sua reforma do futebol profissional – incluindo o americano Robbie Rogers e o alemão Thomas Hitzlsperger – Justin Fashanu mantém a distinção de ser o único jogador masculino a ser abertamente gay enquanto ainda praticava o desporto.
Por outro lado, no campeonato feminino, muitas jogadoras profissionais, como Lily Parr, Casey Stoney e Fara William, afirmaram-se lésbicas.

“Acho que para Justin este seria um grande momento e acho que é um momento crucial quando finalmente reconhecemos quem era Justin Fashanu, não apenas como um jogador de futebol abertamente gay, mas também como um jogador muito talentoso e o primeiro negro a jogar em Inglaterra com um contrato de um milhão de libras”, lembrou Amal.
Desde o seu lançamento em 2002, mais de 100 jogadores masculinos estão no English Football Hall of Home. Mas enquanto muitos deram boas-vindas à notícia, Amal sentiu que o jogo está “um pouco atrasado” para reconhecer Fashanu.
“Acho que hoje, se um jogador saísse do armário, definitivamente não sofreria nem metade do que Justin sofreu, mas acho que ainda seria difícil, ainda seria um desafio”, disse a sobrinha.
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Fonte: Pink News.
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