
“Sou o único canhoto-americano-maltês-episcopal-gay-millennial-veterano de guerra na corrida.”
Foi assim que Pete Buttigieg, de 38 anos e o primeiro candidato assumidamente gay à presidência dos Estados Unidos da América, se identificou aquando do arranque da sua campanha.
Em 2015, assumiu-se publicamente como gay e foi reeleito para um segundo mandato em South Bend, com mais de 80% da votação. O antigo Mayor partilhou, orgulhosamente, a capa da revista Time com o marido, Chasten Buttigieg.
Neste domingo Buttigieg, que sofreu comentários preconceituosos e homofóbicos durante a sua campanha, nomeadamente por beijar o seu marido – tal como qualquer outro candidato beijou as suas esposas, aliás – anunciou a sua desistência na corrida à Casa Branca:
“A verdade é que o caminho se estreitou para a nossa candidatura, ainda que não à nossa causa“, disse Buttigieg a apoiantes este domingo em South Bend, Indiana. “Precisamos reconhecer que, neste ponto da corrida, a melhor maneira de manter a fé nos nossos objetivos e ideais é afastarmo-nos e ajudarmos a unir o nosso partido e país“.
O candidato Bernie Sanders afirma-se assim e cada vez mais como o candidato democrata que irá combater Donald Trump nas eleições que decorrerão no dia 3 de novembro, tendo neste momento 58 pessoas delegadas (contra 50 de Joe Biden).
A homofobia contra Pete Buttigieg, e se alguém é, de facto, suficientemente gay, esteve em destaque no Podcast Dar Voz A esQrever, oiçam:
One comment