Ricky Martin apoia Biden: O movimento ‘latinos por Trump’ é “realmente assustador”

Apesar de todas as tensões entre Donald Trump e a população latina norte-americana, este obteve 28 por cento dos votos latinos em 2016 e espera-se que alcance os 30 por cento dos votos latinos na próxima terça-feira. O ícone da música latina afirmou que Biden é a “única opção que temos”.

A poucos dias das eleições presidenciais nos Estados Unidos da América, o ícone da música latina Ricky Martin discutiu recentemente a urgência de apoiar Joe Biden, criticando apoiantes do movimento “Latinos for Trump”.

Tenho apoiado Biden desde sempre”, disse Martin, gay assumido desde 2010. “Acho que ele é a única opção que temos. Ele é ótimo e esteve na política toda a sua vida. Este é o momento!

Martin não não tem receio em falar sobre política. Recentemente, fez um discurso apaixonado num evento da campanha de Biden em Kissimmee, Flórida, ao lado de Eva Longoria e Luis Fonsi, onde enfatizou a importância de fazer um plano de votação e condenou a crueldade de Donald Trump contra a população latina, da sua falta de resposta ao atentado terrorista de Orlando em 2016, à sua retórica contínua contra pessoas imigrantes.

O músico e ator de 48 anos também se mobilizou nas ruas de San Juan para apoiar o pedido de renúncia do ex-governador Ricardo Rosselló. Este, além de liderar uma administração corrupta, enfrentou o escrutínio de mensagens tornadas públicas em 2019, nas quais fazia piadas sobre as vítimas do furacão Maria e fazia comentários homofóbicos contra Martin.

O apoio de Ricky Martin a Biden e os votos de minorias a Trump estiveram em discussão no Podcast Dar Voz A esQrever 🎙🏳️‍🌈

Martin também rejeitou o recente apoio de Trump pela atual governadora porto-riquenha Wanda Vázquez Garced, afirmando: “Ela não existe. Ela nem foi eleita pelo povo. Ela não faz parte desta conversa.

Martin acrescentou que a eleição é particularmente importante para ele como um homem latino que é “casado com um árabe“, referindo-se ao seu casamento de três anos com o pintor nascido na Síria Jwan Yosef. Mas expressou igualmente a sua preocupação com o crescente apoio latino à candidatura de reeleição de Trump, algo que chamou de “realmente assustador“.

Pela primeira vez neste ano, a população latina é a maior minoria racial ou étnica na disputa e representará 13,3% das pessoas eleitoras qualificadas. Apesar desta elegibilidade recorde, apenas cerca de metade da população latina dos EUA é elegível para votar, seja porque é muito jovem ou porque não tem os documentos necessários.

Além dessa mudança demográfica, o número massivo de votos iniciais em todo o país marca outra estreia histórica em 2020 que Martin também comentou. “Acho que quando já temos 50 milhões de pessoas a votar, significa que não somos as únicas preocupadas com a eleição e estou extremamente feliz por isso”, disse o cantor.

Fonte: Them.