Cada vez mais deparamo-nos com uma panóplia de informação ao nosso redor. Se para nós adultos já é demasiada informação para digerir, para as crianças e adolescentes, ainda se agrava mais, visto que, ainda se encontram em processo de crescimento. A informação é uma arma poderosa nas mãos de quem a sabe usar para gerar mudança e, de alguma forma, evolução na nossa sociedade. Pode e deve ser usada para tal. O local onde nos é transmitida mais informação nos nossos primeiros anos de vida é a escola. Como se costuma dizer: “amada por uns, odiada por outros”. Depende do que vivenciam e do resultado que as suas experiências tem no seu quotidiano. Muitas crianças começam desde cedo a sentir que são diferentes e que não se enquadram nos estereótipos dos colegas em relação à sua orientação sexual. Quando isto acontece, em muitas situações, geram-se situações de Bullying homofóbico e estes estudantes são postos de parte.
O Bullying é um ato de violência que pode ser praticado contra qualquer estudante, independentemente das suas condições sociais, condições económicas, cultura, faixa etária, nacionalidade, género e orientação sexual. Este ato de violência pode ocorrer de várias formas, sendo as principais: de forma física (em que existem empurrões, pontapés…), de forma verbal (em que existem insultos, julgamentos, críticas agressivas…) e de forma sexual (em que existe abusos sexuais, mutilação genital, exposição dos órgãos genitais sem consentimento…) fruto destas agressões muitos destes jovens tem dificuldade em socializar e isolam-se. O que é prejudicial, porque, o ser humano precisa de ter à sua volta uma rede de suporte informal (família, amigos, vizinhos) que seja significativa na sua vida para que o possa amparar em todos os momentos, mas sobretudo nos momentos mais dolorosos. Os professores são um agente importante na identificação e prevenção. Cabe-lhes informar os alunos para que não se manifestem mais estas práticas. Tal como os professores, os colegas também devem ser ativos com episódios em que exista alguém a enfrentar Bullying homofóbico. E a família deve estar sempre atenta. Podem e devem denunciar quando o mesmo ocorre para evitar que continue por mais tempo. São vidas que estão em jogo. Muitos destes jovens ficam mais suscetíveis a desenvolver doenças mentais, como por exemplo, depressão, ansiedade, anorexia nervosa, entre outros, que podem levar ao suicídio. Os estudos comprovam que existe maior suscetibilidade para que estes estudantes queiram cometer o suicídio.
O Bullying homofóbico é um fantasma que entra na vida dos estudantes e pode atormentá-los durante vários dias, meses e anos. Depende da gravidade da situação. Mas todas são graves a partir do momento em que começam. Muitos estudantes que passam por estas situações levam sequelas para a vida inteira que tem de ser resolvidas com a maior antecedência possível. Em muitos casos em adultos ainda estão a resolver as fragilidades que o Bullying deixou nas suas vidas.
É assim importante estar atento a vários sinais que podem ser indicadores de que algo não está como devia estar. Torna-se primordial identificar situações de Bullying homofóbico e procurar agir de forma rápida recorrendo às pessoas e aos meios certos.
Linhas de Apoio e de Prevenção do Suicídio em Portugal
Linha LGBT
De Quinta a Sábado, das 20h às 23h
218 873 922
969 239 229
SOS Voz Amiga
(entre as 16 e as 24h00)
213 544 545
912 802 669
963 524 660
Telefone da Amizade
228 323 535
Escutar – Voz de Apoio – Gaia
225 506 070
SOS Estudante
(20h00 à 1h00)
969 554 545
Vozes Amigas de Esperança
(20h00 às 23h00)
222 080 707
Centro Internet Segura
800 219 090
Quebrar o Silêncio (apoio para homens e rapazes vítimas de abusos sexuais)
Linha de apoio: 910 846 589
Email: apoio@quebrarosilencio.pt
Associação de Mulheres Contra a Violência – AMCV
Linha de apoio: 213 802 165
Email: ca@amcv.org.pt
Emancipação, Igualdade e Recuperação – EIR UMAR
Linha de apoio: 914 736 078
Email: eir.centro@gmail.com
Fonte: Imagem.
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