
A saída do armário tende a ser um momento de coragem, de celebração e de empoderamento. Existe uma área estritamente positiva este acto que, ainda hoje em dia, tende a exigir ponderação antes do derradeiro passo. Há, no entanto, algumas preocupações que podem minar a saída do armário. É neste sentido que surge um estudo, pela Universidade de Rochester, que mostra como o meio ambiente desempenha um papel fulcral na felicidade encontrada pelo indivíduo após a sua saída do armário (vulgo coming out).
“Em geral, estudos mostram que sair do armário é um momento positivo“, disse Richard Ryan, co-autor do estudo e professor de psicologia da Universidade de Rochester. “Décadas de estudos descobriram que a abertura nos seus círculos e espaços permite que pessoas LGBTI se desenvolvam genuinamente e cultivem uma identidade sexual minoritária positiva.”
Os benefícios psicológicos em revelarmos a nossa orientação sexual podem exprimir-se na nossa saúde mental com menos raiva, menos depressão e uma maior autoestima. No entanto, estes pontos positivos estão limitados a um factor essencial: ambientes de apoio.
Ambientes de apoio têm um tremendo impacto positivo no bem-estar mental
Viver num ambiente de apoio pode reduzir tremendamente a ansiedade e o medo causados pela auto-realização da identidade queer. A saída do armário num ambiente de apoio aumenta a autoestima e ajuda a mitigar qualquer impacto de preconceitos internalizados no passado.
“O ambiente desempenha um papel enorme na determinação de quando sair do armário realmente traz felicidade“, disse Nicole Legate, doutorando da Universidade de Rochester, que liderou o estudo com Ryan e Netta Weinstein da Universidade de Essex, na Inglaterra.
Ambientes de apoio ajudam uma pessoa a sentir-se segura, aceite, amada e pertencente. Um ambiente de apoio pode ser tão pequeno quanto a presença de uma pessoa amiga aceitante ou tão grande quanto uma escola inclusiva. Não importa o tamanho, ter um ambiente de apoio de um tipo ou de outro é extremamente benéfico para as pessoas LGBTI+ e fornece-lhes um espaço para poderem expressar-se livremente sem o receio de serem julgadas.
Mesmo quem já fez a sua saída do armário em alguns círculos não o fez em todos
No entanto, quando as pessoas estão inseridas grupos hostis, os custos e o estigma de se identificarem como lésbicas, gays ou bissexuais cancelam os benefícios do coming out.
De acordo com o estudo, os participantes estavam mais armariados em ambientes controladores e críticos das suas identidades. 69% das pessoas participantes esconderam a sua identidade nas comunidades religiosas de que faziam parte, 50% em instituições de ensino e 45% nos locais de trabalho. O estudo observou que os círculos de amizades tendem a ser mais receptivos às pessoas LGBTI e, como resultado, a esmagadora maioria das pessoas do estudo, 87%, assumiram a sua orientação sexual ao seu grupo de amizades.
A saída do armário em ambientes que não são explicitamente favoráveis, em especial quando alguém já está noutro ambiente de apoio, leva a conflitos e a julgamento desnecessários que a maioria gostaria de evitar.
Ambientes sem apoio podem piorar situação
Ambientes sem apoio poderão fazer com que uma pessoa se sinta menos digna e semeia a dúvida e o ódio internalizados. O melhor cenário da saída do armário sair num ambiente sem apoio? Uma mudança gradual, embora lenta, em direção a um ambiente neutro ou de apoio. Infelizmente, demasiadas vezes a identidade de alguém é suprimida ou oculta, tornando-se um assunto tabu, sendo as pessoas novamente “empurradas de volta para o armário”.
Associadas a esta regressão, estão as chamadas “terapias de conversão”, uma prática violenta e pseudocientífica considerada prejudicial à saúde mental pela Organização Mundial da Saúde. Com elas pretende-se alterar a orientação sexual ou identidade de género de uma pessoa, geralmente jovem, através de práticas sem qualquer fundamento clínico e que se aproxima da tortura revestida a preconceito, moralismo e, também muitas vezes, religião.
Em alguns países como o Irão e o Afeganistão, assumir-se LGBTI é uma sentença de morte, quer pelas autoridades do país como pelas próprias famílias.
O ambiente da primeira saída do armário tem o maior impacto
O coming out num ambiente sem apoio empurra alguém de volta para dentro do armário, enquanto que se for feito num ambiente saudável e aberto leva à validação e confiança na identidade da própria pessoa. Como resultado, o ambiente em que alguém se assume pela primeira vez tem um forte impacto na forma como vê a sua identidade, especialmente se a pessoa em questão for mais jovem e, como resultado, for mais influenciável.
Por isso é tão importante que o possamos fazer a alguém em quem confiamos e em segurança. É também por isso que importa garantir que as escolas e as salas de aula sejam espaços seguros, para garantir que crianças e adolescentes se sintam em segurança e também para garantir que haja abertura e bem-estar entre colegas.
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Mesmo estando com 27 anos com um homem de 35 anos e que era experiente sexualmente, mas a primeira vez e com ele, no quarto dele na casa dos pais, foi com aquela “expectativa”, ainda mais que fomos os primeiros a tomar banho (separados, claro), mas a casa estava ainda “acordada”! Felizmente: carinhosamente e pacientemente foi me “iniciando”! Agora Não podemos ir “contra a maré”, como muitos que Não descem do armário e querendo ter a performance que um homem que penetra vagina e/ou anus, possui! Tive essa empatia: ele com homem virgem mesmo já adulto e, atento a não me deixar sem senti-lo como poderia, a cada relaxada “a mais” do meu esfincter! Eu não conseguiria “interpretar” hetero, ter a performance viril dele e, até quando ele se “empolgou” e meio que avançou um pouco mais na penetração, relevei, afinal ele já me sentia acolhedor e estava quase totalmente aberto!