
Após a Federação Internacional de Natação (FINA) ter proibido atletas trans de participarem nas suas competições, a Liga Internacional de Rugby (IRL) também segue a decisão. As Federações Internacionais de Futebol e Atletismo também deverão juntar-se e realizar uma revisão dos seus regulamentos para “enquadrar” estas jogadoras.
“Até que mais pesquisas sejam concluídas para permitir que a IRL implemente uma política formal de inclusão de atletas trans, essas jogadoras […] não poderão participar nas competições internacionais da Liga de Rugby Feminina”, disse em comunicado.
“A Liga de Rugby Feminina é o desporto de contacto mais físico e um desporto hábil para as mulheres do mundo”,disse o presidente da IRL, Troy Grant. “A segurança das jogadoras é a nossa principal preocupação e não temos informações suficientes neste momento para permitir a participação de jogadoras trans.”
A jogadora trans Caroline Layt, que jogou na Austrália, afirmou: “É dececionante. Somos seres humanos iguais às restantes pessoas.”
A proibição estará em vigor para o Campeonato do Mundo da Liga de Rugby que começa na Inglaterra a 15 de outubro.
Futebol e Atletismo vão seguir a proibição e segregação das atletas trans?
O Comité Olímpico Internacional passou a responsabilidade a cada desporto e ao seu órgão regulador a determinação de como uma atleta pode estar em vantagem desproporcional em comparação com seus pares, “tendo em consideração a natureza diferente de cada desporto”.
Assim, a FIFA e a World Athletics também anunciaram esta semana que estão a examinar as suas regras atuais de elegibilidade de atletas trans.
Na FIFA estará em curso a revisão “das regras de elegibilidade de género, recorrendo a peritos”, sendo que o organismo “leva em consideração as diversas questões (médicas, legais, científicas, de rendimento e de Direitos Humanos)”.
Lord Coe, presidente da World Athletics, disse que o atletismo pode seguir o mesmo caminho que a FINA tomou para limitar a participação de atletas trans: “Sempre acreditámos que a biologia supera o género.”
A União Ciclista Internacional decidiu igualmente estreitar os critérios sobre níveis baixos de testosterona relativamente a atletas transgénero.
É sabido que em exames de doppin uma das “substâncias” usadas é a testosterona, em especial, quando o objetivo seja ganhar massa muscular. Nesse sentido, no esporte, penso que não pode ser negligenciado que todo trans (que recebe testosterona para transição ou tenha apenas diminuida a quantidade por receber a progesterona) levam sim vantagem competitiva sobre atletas cisgeneras femininas!