
José Carlos Malato assumiu-se como pessoa não-binária. Aproveitando a sua página no Instagram, Malato defendeu que é um posicionamento ativista:
“Ser não-binário é uma questão de princípio ativista, pelo menos para mim. Acredito que a dualidade masculino/feminino ou outro está presente nos seres humanos apesar da cultura fascista e da sociedade patriarcal a tentarem esmagar”, escreveu a cara conhecida da RTP.
“Isso significa que a minha identidade de género e expressão de género não são limitadas ao masculino e feminino. Estão para além desse espartilho maniqueísta. Esse não-binarismo está até presente nas insondáveis palavras do Papa João Paulo I quando afirma que ‘Deus é pai e mãe’.
O meu ‘não-binarismo-pessoal’ é uma forma de dar representação e visibilidade a todos/todas/todes que sentem/são assim! É o meu dever enquanto megafone que detém algum poder de fala na sociedade portuguesa”, escreve.
José Carlos Malato remata com uma mensagem de empatia e de luta contra a discriminação e a violência que as identidades não-binárias ainda sofrem: “É também uma demonstração de empatia com todes os que sentem como eu e um manifesto contra todas as formas de discriminação e violência que muit@s sofrem/sofremos todos os dias! Numa era marcada pelo terrorismo das redes sociais! Ninguém pode ser quem não é. E ser quem se é não prejudica ninguém. E a mais ninguém diz respeito! Disse!”.
Importa assim entender que, também no que toca ao género, existe toda uma pluralidade das experiências indentitárias e é também isso que torna o mundo um pouco mais diverso e colorido. Celebrêmo-lo!