
O grupo de defesa dos direitos humanos All Out protestou em frente ao Museu da FIFA em Zurique esta semana. Através de beijos orgulhosos, ativistas pretendem alertar para o desrespeito do Qatar contra os direitos das pessoas LGBTI+. O país vai receber este mês o Mundial de Futebol Masculino.
O protesto viu participantes beijarem-se e jogarem futebol com uma baliza enfeitada com bandeiras do arco-íris. Como reivindicação, ativistas pretendem que o Qatar descriminalize a homossexualidade e proteja a sua comunidade LGBTQ+.
Segundo a All Out, a FIFA não se comprometeu publicamente a tomar medidas concretas que garantam a segurança de pessoas adeptas, dos jogadores ou da comunidade local LGBTI+ no Mundial de Futebol do Qatar.
Com a manifestação a organização pretende “certificar-se que a FIFA e o Qatar sabem que o mundo está a assistir e espera ação”.
Do lado da FIFA, porta-voz respondeu que “a FIFA está confiante que todas as medidas necessárias estarão em vigor para que as pessoas adeptas e aliadas LGBTIQ+ possam desfrutar do torneio num ambiente acolhedor e seguro, tal como todas as restantes”. E garantiu que “o Qatar, como país anfitrião, está totalmente empenhado em garantir que todas as pessoas possam desfrutar do torneio num ambiente seguro e acolhedor, incluindo os membros da comunidade LGBTIQ+”.
A decisão da FIFA em realizar o Mundial de Futebol Masculino no Qatar gerou controvérsia pelos registos de direitos humanos do país, particularmente o tratamento das pessoas trabalhadoras migrantes e da comunidade LGBTQ+.
A homossexualidade é ilegal no Qatar, e qualquer pessoa pode ser punida com até sete anos de prisão. Também a lei da Sharia pode ser aplicada a alguns muçulmanos, o que impõe a pena de morte pela homossexualidade.
Ainda esta semana, embaixador do evento disse em entrevista que considera a homossexualidade um “distúrbio mental”.
O Qatar recebe o Mundial de Futebol Masculino entre 20 de novembro e 18 de dezembro.
