
Abril é mês de Festival Política em Lisboa. De 21 a 23 de abril, o Cinema São Jorge repleta-se de cinema, performances, música, humor, exposições, debates e atividades para crianças centradas na defesa do sistema democrático e na promoção da cidadania, intervenção cívica e direitos humanos.
Sob o tema da Pós-Democracia, o Festival Política vai ser “palco e voz do resgate da ideia de que os valores democráticos são inegociáveis, tendo na mira os casos crescentes de abraço ao autoritarismo e que levam os cidadãos a votar na sua própria negação”, como explicam os diretores artísticos Bárbara Rosa e Rui Oliveira Marques. Um ano antes das celebrações dos 50 anos do 25 de Abril, chegou o momento de debater os perigos que a democracia enfrenta.
Um dos “momentos marca” do Festival Política em Lisboa, Cara-a-cara com os/as deputados/as, vai permitir uma conversa de cinco minutos entre cidadãos e deputados/as representantes dos partidos com assento na Assembleia da República sobre um tema, dúvida ou questão (participação sujeita a inscrição prévia através do e-mail participa.politica@gmail.com).
No que toca à temática LGBTQIA+, eis os destaques que o Festival Política traz à sua programação:
21 de abril
22h30 – Cinema
Sessão “Corpos Dissidentes”
Sala 3
“La casquette”, Hadi Moussally, 3’ (França)

Hadi olha fixamente para a câmara e começa a vestir-se. Enquanto se prepara, exprime o seu pensamento sobre a situação atual, a discriminação e amálgamas que pesam sobre si, aquele que usa o chapéu duplo estigmatizante dos gays e árabes. O que fazer com este peso?
“O aparente caos da diversidade”, Colectivo Fotograma 24 e estudantes de Montemor-o-Novo, 5’ (Portugal)
Quando a aparência se sobrepõe à própria realidade, torna-se essencial refletir sobre questões que existem desde o início da nossa espécie e que contribuem para a sua evolução. Assegurar que hoje podemos ver para além do “aparente caos” requer coragem por parte da sociedade, mas facilita a aceitação da diversidade.

“Break Your Dick”, Pedro Rei, 80’ (Portugal)

Aurora, uma mulher trans, tenta desesperadamente reunir o dinheiro para a cirurgia de redesignação genital de que tanto precisa. À beira do suicídio, os seus amigos criam uma campanha de crowdfunding que poderá ser a sua salvação.
22 de abril
18h30 Festa de Encerramento – DJ set FADO BICHA
A música feita em Portugal é rica e diversa, talvez mais do que nunca. Ao mesmo tempo, atravessa um período
de crise que agudiza uma tendência sentida há alguns anos já. Para grande parte das pessoas que fazem
música em Portugal, é difícil conseguir concertos bem pagos e a sustentabilidade profissional está cada vez
mais comprometida. Não se valoriza a produção cultural local, principalmente a que segue linhas afastadas do
mainstream, a que arrisca. É simbólico que as rádios estejam a ter tanta resistência à obrigatoriedade de passar
30% de música feita em Portugal nas suas programações. Será que as pessoas que vivem em Portugal são
desinteressadas da música feita aqui? Será que a conhecem em toda a sua diversidade e potência criativa?
Lila Fadista e João Caçador acham que não e escolhem trazer ao Festival Política um DJ set de música feita em
Portugal que foi lançada nos últimos 12 meses, com especial destaque para a música feita por mulheres e
pessoas queer. Um ano de música boa, desafiante, aconchegante, bela e furiosa.

Toda a informação disponível em festivalpolitica.pt.
A esQrever é parceira à comunicação do Festival Política.

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