
O filme Barbie está a enfrentar polémica no Médio Oriente, com o Líbano a acusar o filme de contradizer os “valores morais e religiosos” e o Kuwait a proibi-lo. O filme, protagonizado por Margot Robbie e Ryan Gosling, já fez mais de mil milhões de dólares e tem estreia esta semana no Médio Oriente.
A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos permitirão que o filme seja exibido a partir do final deste mês, embora tenham solicitado edições referentes à narrativa LGBTQ+.
O ministro da Cultura do Líbano, Mohammad Mortada, defendeu que o filme Barbie deve ser banido do país, pois “promove a homossexualidade e a transformação sexual” e “contradiz os valores de fé e moralidade” ao diminuir a importância da unidade familiar. Bassam Mawlawi, ministro do Interior, pediu assim ao comité de censura para dar a sua recomendação.
Embora o Líbano tenha feito progressos no que toca aos direitos das pessoas LGBTQ+ desde 2017, ao celebrar o Pride e ao discutir a descriminalização da homossexualidade, os últimos anos têm visto um retrocesso nesse percurso. Em 2022, Mawlawi proibiu eventos que “promovem a perversão sexual” no Líbano, como resposta a eventos do Pride e suas marchas.
Já o subsecretário do Ministério da Imprensa do Kuwait, Lafy Al-Subei, explicou o motivo ao considerar que o filme Barbie promulga “ideias e crenças que são estranhas à sociedade e à ordem pública”.
Não foi ainda explicado quais as narrativas LGBTQ+ que alimentam estas críticas. Apesar de o filme conter personagens codificadas como sendo queer, não há papéis ou temas explicitamente LGBTQ+ retratados.
O filme Barbie está em exibição nos cinemas.