O Amor D’O Segredo De Brokeback Mountain (é o nosso)

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O Segredo De Brokeback Mountain foi um dos primeiros filmes para o grande público em que a história se centrava em dois homens que descobriram a paixão, e por fim, o amor entre si. Mais que isso até, é hoje unânime ser considerado um dos melhores filmes da década passada.

Lançado em 2005 (chegou a Portugal no início de 2006), o filme do aclamado realizador Ang Lee juntou um elenco notável de jovens actores como Jake Gyllenhaal (Jack Twist) e Heath Ledger (Ennis Del Mar), ambos apoiados pelas igualmente excelentes Michelle Williams (Alma) e Anne Hathaway (Lureen Newsome).

A celebrada história, baseada no conto de Annie Proulx, narra 18 anos da vida de Jack e Ennis, dois jovens cowboys que se conhecem e se apaixonam em 1963, enquanto trabalham juntos na pastorícia de ovelhas na montanha de Brokeback, no Wyoming. O filme documenta o complexo relacionamento emocional, sexual e romântico que eles desenvolvem no curso de dezoito anos. Entre a curiosidade e a negação inicial, os dois homens envolvem-se numa paixão duradoura que só assim os preenche.

Brokeback Mountain apresenta-nos o violento contexto social da época

Numa altura em que a homofobia era incentivada e os ataques de ódio às pessoas LGBT desculpabilizados, Jack e Ennis vêem-se obrigados a camuflar o que passaram naquelas montanhas e seguir a vida separados. Anos mais tarde, já ambos casados e com filhos, reencontram-se e a paixão adormecida fá-los combinarem encontros secretos algumas vezes por ano nas montanhas em que se conheceram. No entanto, a frustração envolve o Amor que ambos sentem, especialmente a Jack, que sonha em viver com Ennis, mas vê as suas propostas sempre recusadas.

É um filme absolutamente singular, a sensibilidade com que conta a história de dois homens que se amam (e se magoam e se desiludem e se reencontram vezes sem conta) é notável e torna-a intemporal. Não escapa às incoerências e aos medos do ser humano, é esse, aliás, um dos seus maiores trunfos, Jack e Ennis são pessoas que dificilmente não nos conseguimos identificar em algumas das suas decisões e em todos os seus sentimentos. Este filme, se dúvidas houvesse, é a prova do quão universal o Amor é.

Um amor que nunca envelhece

Para além dos 119 prémios que recebeu a nível internacional (e não esqueçamos que, embora tenha ganho três Óscares – realizador, argumento adaptado e banda-sonora – perdeu o de melhor filme para o menor e esquecido Colisão), O Segredo De Brokeback Mountain trouxe-nos igualmente a premiada e lindíssima canção A Love That Will Never Grow Old, interpretada por Emmylou Harris. E assim é:

Go to sleep, may your sweet dreams come true
Just lay back in my arms for one more night
I’ve this crazy old notion that calls me sometimes
Saying this one’s the love of our lives

‘Cause I know a love that will never grow old
And I know a love that will never grow old

When you wake up the world may have changed
But trust in me, I’ll never falter or fail
Just the smile in your eyes, it can light up the night
And your laughter’s like wind in my sails

‘Cause I know a love that will never grow old
And I know a love that will never grow old

Lean on me, let our hearts beat in time
Feel strength from the hands that have held you so long
Who cares where we go on this rutted old road
In a world that may say that we’re wrong

‘Cause I know a love that will never grow old
And I know a love that will never grow old

 

I wish I knew how to quit you. – Jack Twist

Brokeback  Mountain shirts finale

Atualização 15 de dezembro 2018:

‘Brokeback Mountain’ foi adicionado ao US National Film Registry de filmes “cultural, historica ou esteticamente significativos” pela Biblioteca do Congresso do Estados Unidos. O seu novo lugar nesta lista exclusiva significa que a história de Jack e Ennis continuará viva para as próximas gerações.

O CENTÉSIMO OCTAGÉSIMO QUINTO episódio do Podcast Dar Voz A esQrever 🎙️🏳️‍🌈 é apresentado por nós, Pedro Carreira e Nuno Miguel Gonçalves. Estamos uma semana atrasados mas não vamos colocar a culpa em ninguém senão o Nuno. Ainda ressacados da visita da Madonna, falamos… purum, de religião. Começamos pelas tentativas da Embaixada de Israel em Portugal de recrutar aliados na comunidade LGBTI e falamos nos novos desenvolvimentos na Igreja Católica e caminho (tortuoso) de aceitação de pessoas trans. No meio falamos de terapias de conversão, da Jamie Lee Curtis, mommy issues e ainda temos tempo de Dar Voz A… Baldur's Gate 3, o jogo do ano (?) para consolas e PC. Artigos mencionados no episódio: rede ex aequo denuncia tentativa de instrumentalização da comunidade LGBTI por parte de Israel Papa Francisco confirma que pessoas trans podem ser batizadas e ser padrinhos ou madrinhas, mas desde que “não haja risco de gerar escândalo público ou desorientar fiéis” Sobreviventes de ‘terapias de conversão’ falam sobre as suas experiências em novo documentário: “quase destruiu a minha vida” Jamie Lee Curtis critica a homofobia e a transfobia ’em nome da religião’ Jingle por Hélder Baptista 🎧 Este Podcast faz parte do movimento #LGBTPodcasters 🏳️‍🌈 Para participarem e enviar perguntas que queiram ver respondidas no podcast contactem-nos via Twitter e Instagram (@esqrever) e para o e-mail geral@esqrever.com. E nudes já agora, prometemos responder a essas com prioridade máxima. Podem deixar-nos mensagens de voz utilizando o seguinte link, aproveitem para nos fazer questões, contar-nos experiências e histórias de embalar: https://anchor.fm/esqrever/message 🗣 – Até já unicórnios  — Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/esqrever/message
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