“Parece que existe um acordo social tácito para não atacar pessoas homossexuais, lésbicas, bissexuais ou de género diverso, desde que elas escondam a sua verdadeira natureza.“
Victor Madrigal-Borloz, especialista independente das Nações Unidas, defendeu esta semana ações urgentes do Governo moçambicano para acabar com a marginalização das pessoas LGBT no país após visita de uma semana.
O especialista referiu que o tecido social do país “protege as pessoas LGBT de manifestações extremas de violência física“, mas “o outro lado da moeda é que esse pacto social tem um preço que pode ser descrito como cativeiro emocional.” Um arranjo “conveniente para alguns setores da sociedade“, mas que “não é aceitável sob a lei internacional de direitos humanos e não é do melhor interesse da sociedade.“
Concluiu assim no seu relatório a urgência de novas medidas tomadas pelo Governo moçambicano:
O Governo precisa urgentemente de mudar a sua política para acabar com a marginalização e garantir inclusão social plena.
Victor Madrigal-Borloz destacou ainda o papel da associação Lambda, organização LGBT pioneira em Moçambique:
Estou convicto de que, através do seu trabalho, a Lambda já salvou muitas vidas e promoveu a causa dos direitos humanos. Os moçambicanos, moçambicanas e o Estado têm uma grande dívida de gratidão para com esta organização extraordinária.
Madrigal-Borloz é especialista independente da ONU em matéria de proteção contra a violência e discriminação baseada na orientação sexual e identidade de género.
Fonte: Lusa.
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