O Festival Política está de regresso a Lisboa de 22 a 25 de abril no Cinema São Jorge. Após uma edição que abordou em 2020 os temas ambientais e de cidadania, este ano a programação centra-se no tema das “Fronteiras”, entendidas como barreiras físicas, psicológicas e políticas que se apresentam como entraves à inclusão das pessoas no território ou na comunidade. São elas o fio condutor das 20 atividades gratuitas que vão desde debates, a performances, sessões de cinema, espectáculos, conversas e workshops.
Entre os destaques do festival, surgem este ano três propostas desenvolvidas especialmente para esta edição: o stand-up sobre racismo e direitos humanos do humorista Carlos Pereira; o solo do encenador, dramaturgo, cenógrafo e intérprete André Murraças, “Fronteiras”; o espetáculo de “Homens que são como fronteiras invadidas”, de Valério Romão e José Anjos, uma reflexão sobre os limites que a pandemia nos veio impor a título pessoal.
22 de abril
17h00 Sessão de Cinema – Violência de género
“The Rape Clause”, de Jared Watmuff, 14′ – Reino Unido
Para aceder ao apoio social para o filho, Ângela é forçada a revelar a terrível história de como a criança foi concebida. Inspirado em acontecimentos reais e tendo por base a legislação governamental atual, “The Rape Clause” é um curta-metragem sobre “uma das políticas mais desumanas e bárbaras que já nasceram em Whitehall” (MSP Alison Thewliss), que promove a vergonha e o trauma.
“Encara Hi Ha Algú Al Bosc”, de Teresa Turiera-Puigbò, 55′ – Espanha
Lejla Damon é uma jovem de 25 anos, que cresceu numa família de classe média em Londres. Os seus pais, jornalistas, acompanharam a guerra da Bósnia. Em dezembro de 1992, durante as filmagens num hospital de Sarajevo que estava a ser bombardeado, viram uma mulher a querer afogar o bebé que acabara de dar à luz. O bebé era fruto de uma violação e considerado semente do inimigo. Durante as guerras dos Bálcãs, entre 25 mil e 50 mil mulheres foram vítimas de violência sexual. Lejla, Alen, Ajna são crianças nascidas da violação. 25 anos depois, juntam-se aos sobreviventes na sua luta para quebrar o silêncio e superar o estigma.
18h e 19h45 “Fronteiras”, um espetáculo de André Murraças, 30′

“Fronteiras” é um solo sobre a ideia de migração que conta as histórias de quem mudou de país à procura de uma nova vida. Usando objetos pessoais e testemunhos reais, André Murraças leva-nos a diferentes períodos do universo da migração, começando em Ellis Island, passando pela França e Berlim em guerras diferentes ou relembrando os barcos perdidos no Mediterrâneo que tentam chegar à Europa. Há muitas histórias reais que ficam por contar. É preciso não esquecer estas pessoas. Encenação, texto, interpretação: André Murraças. Duração 30 minutos.
23 de abril
18h30 “Festinha” – lançamento vídeo 360
Sala 2 com acesso limitado. “Festinha” é o terceiro lançamento do álbum áudio visual E.P.I Travesti (Equipamento de Proteção individual travesti), interpretado pela multiartista Puta da Silva. A estreia do videoclip apresentará espistemologias de pessoas transvestigeneres (transsexuais, travestis e transgéneros) imigrantes e racializadas. Experiência 360 graus em realidade virtual.
24 de abril
11h Carlos Pereira – humor

Sala Manoel de Oliveira – com tradução para Língua Gestual Portuguesa
Humor, discriminações e direitos humanos, com Carlos Pereira.
11h30 Sessão de Cinema – Fronteiras 2
“Libertà”, de Savino Carbone, 30’ – Itália
Bari, 2019. O que significa ser livre? Dois imigrantes homossexuais falam sobre a sua condição de requerentes de asilo. Enquanto isso, os efeitos das políticas de migração do novo governo tornam a sua situação cada vez mais difícil.
Poderão consultar toda a programação no site do Festival Política.

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