Kim Petras: “As mulheres na música pop eram as minhas únicas amigas no secundário”

Kim Petras: “As mulheres na música pop eram as minhas únicas amigas no secundário”

Kim Petras falou sobre os obstáculos que enfrentou no início da sua carreira como artista trans em nova entrevista.

Desde a sua estreia em 2017, a estrela alemã tem trabalhado constantemente para cimentar a sua carreira como cantora e autora de música. A atravessar uma onda de grande sucesso e reconhecimento, os primeiros anos de Kim Petras na indústria estiveram longe de ser fáceis.

A artista falou em como recebeu resistência por parte de executivos de mente fechada, mas revelou que encontrou a sua base de fãs em discotecas gay.

Fui a discotecas gay e construí uma base sólida de fãs e mostrei a toda a gente que é possível. Agora [as editoras] têm que me aceitar”, explicou. “Estou feliz que haja mais artistas trans agora que estão a ser levadas a sério. Eu só não quero ser a última.”

Tenho sido uma artista independente há imenso tempo, apenas a dar performances em discotecas, mas agora artistas estão a chamar-me para colaborar e ir para estúdio.”

Quando questionada sobre Unholy, o seu maior sucesso e o primeiro grande sem o Dr. Luke como colaborador, Kim não se retrai. “Sempre fui uma compositora. Tudo o que eu fiz, tenho sido uma grande parte da escrita. Sempre colaborei com diferentes pessoas e produtores. Luke é a única pessoa que as pessoas gostam de escolher e dizer: “Ele é obviamente quem tem que escrever toda a música dessa rapariga, porque ela não pode ser talentosa e esse é um grande nome.” Mas estou aqui porque sou boa a escrever, e faço o meu o meu trabalho“.

Lendas da música como Madonna, Nicki Minaj, Kylie Minogue, Lana del Rey, Marina e Cher foram reconhecidas por Kim Petras como fortes inspirações na sua vida pessoal e artística.

As mulheres na música pop eram as minhas únicas amigas no secundário”, explicou. “Eram tudo o que eu queria ser e deram-me a força que precisava para fazer a transição e viver minha vida autenticamente“.

A entrevista surge após ela e Smith terem ganhado o Grammy para melhor duo pop com ‘Unholy’. Petras tornou-se assim na primeira mulher trans a ganhar naquela categoria e a segunda mulher trans a levar para casa um Grammy depois da vitória de Wendy Carlos em 1969.

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