
A dating app Grindr enviou aviso que no Egito têm surgido relatos de que a polícia está a usar o serviço para prender homens queer. A recomendação é que estejam vigilantes e tomem precauções num momento em que 150 pessoas já terão sido detidas.
Em resposta às denúncias, o Grindr divulgou um anúncio no Egito onde condena a ação policial e alerta os usuários LGBTQ+ a usarem com cuidado a app que permite conhecer outras pessoas. A polícia também estará a usar perfis de usuários legítimos para detenção de outros.
“O Grindr está a trabalhar com grupos no terreno para garantir que os nossos usuários tenham informações atualizadas sobre como se manterem seguros e estamos a pressionar organizações internacionais e governos para exigirem justiça e segurança para a comunidade LGBTQ egípcia”, disse responsável do serviço.
Uma pessoa denunciou ter recebido “uma mensagem de voz que dizia que 28 gays foram presos pela polícia e depois forçados a ligar aos seus amigos para que pudessem ser presos também”.
Rasha Younes, da Human Rights Watch, disse que, embora as plataformas digitais tenham permitido que às pessoas LGBTQ se expressarem e ampliarem as suas vozes, estas também se tornaram ferramentas para a opressão.
O Grindr não é o único serviço que tem sido usado como ferramenta para emboscadas policiais. Um número crescente de pessoas LGBTQ+ estão a ser presas e violentadas por polícias que usam apps como o WhatsApp, Facebook ou Instagram.
Durante os Jogos Olímpicos de 2021 o Grindr foi usado para forçar o outing de atletas presentes na app.
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