Manifestações em Lisboa e no Porto Contra Campos de Concentração para Gays Tchetchenos

Foram 400 as pessoas que se concentraram ontem junto à embaixada da Rússia, em Lisboa, para contestar a “perseguição a homossexuais” na Tchetchénia e exigir às autoridades portuguesas uma “pressão internacional e diplomática” para exigir o respeito pelos direitos humanos. Entre manifestantes encontravam-se as deputadas Isabel Moreira (PS), Isabel Pires e Sandra Cunha (BE), além do candidato bloquista à Câmara Municipal de Lisboa, Ricardo Robles.

João Miguel, um dos representantes do grupo Um Activismo Por Dia que organizou a manifestação, leu uma carta aberta que pede “ação da Assembleia da República e do Presidente da República“:

Exortamos que, sendo Portugal signatário da Declaração Universal dos Direitos Humanos e perfilando umas das legislações mais respeitosas para com todas/os as/os indivíduos, faça pressão internacional e diplomática para que a dignidade humana seja respeitada.

[clicar nas imagens para as ver no tamanho original]

Várias organizações associaram-se ao protesto. André Faria, da rede ex aequo, propôs que o Governo ofereça às vítimas de perseguição o estatuto de “asilo político com base na perseguição pela orientação sexual“. Referiu ainda que “Portugal, pelos avanços legislativos que tem feito, deve transmitir essa imagem, até para incentivar outros países a fazerem o mesmo. Estas pessoas estão a fugir para os países vizinhos.

Já o candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Lisboa, Ricardo Robles, considerou que os relatos de detenções e morte de homossexuais na Chechénia “é o pior do que assistimos no século XX”, lembrando que “os campos de concertação nazi foram os últimos campos onde a comunidade ‘gay’ foi detida e exterminada e não podemos deixar que este horror se repita.

Isabel Moreira defendeu que está em causa um “retrocesso” em matéria de direitos humanos e denunciou o que disse ser uma apatia generalizada por se tratar de homossexuais. A deputada socialista reclamou igualmente por uma posição do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

Simultaneamente no Porto, acontecia igual manifestação que contou com a participação de várias organizações, entre outras, a AMPLOS e o PAN:

Fonte: DN/Lusa.


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Respostas de 4 a “Manifestações em Lisboa e no Porto Contra Campos de Concentração para Gays Tchetchenos”

  1. […] dias depois das manifestações que se realizaram um pouco por todo o mundo, incluindo Lisboa e Porto, o Kremlin veio desmentir as acusações de que homens gays estavam a ser perseguidos, presos, […]

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  2. […] perpetrado pelas autoridades tchétchenas aconteceram um pouco por todo o mundo, inclusivamente em Lisboa e no Porto, o que levou a um voto de condenação por parte de toda a nossa Assembleia,  EXCEPTO o Partido […]

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  3. […] Mais tarde, os diversos relatos dos abusos contra a população LGBTI tchechena levaram a condenação internacional e ativistas têm acusado as autoridades russas de fechar os olhos a estas atrocidades por medo de perturbar Kadyrov. Houve, inclusive, manifestações em Portugal contra os campos de concentração para pessoas LGBTI na Tchechénia. […]

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  4. […] manifestações, incluindo realizadas em Portugal, contra a existência destas detenções surgiram um pouco por todo o mundo como forma de dar […]

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