
A arquidiocese de Évora repudiou atos de intolerância e demarcou-se do vandalismo, mas considerou “pouco sensata e reveladora de pouco respeito” a realização de uma exposição da comunidade LGBTQIA+ numa igreja da cidade.
A exposição reunia trabalhos de pintura, fotografia, escultura e gravura da autoria de artistas da comunidade. A mesma foi vandalizada por três suspeitos que se colocaram em fuga na véspera da 1ª Marcha do Orgulho LGBTI+ da cidade alentejana.
Para a instituição católica, existem espaços que têm “uma história, uma identidade e uma ligação à cultura e às emoções das pessoas que os usam“. Em comunicado, a arquidiocese “repudia liminarmente qualquer atitude de intolerância, vandalismo e violência e demarca-se, sem reservas, destes atos“, realçando estar “comprometida com a paz social e a convivência respeitosa” entre as pessoas.
Igreja de S. Vicente de Évora recebeu exposições sobre Saramago e artes visuais, incluindo eróticas


A Igreja de São Vicente é atualmente propriedade da Câmara Municipal de Évora e sem culto há vários anos. Foi convertido num espaço provisório de exposições promovidas pela cidade. O espaço recebeu nos últimos anos uma exposição sobre o centenário de José Saramago, emblemático escritor português, ateu e crítico da Igreja. Também recebeu uma mostra de artes visuais em que se incluiu o trabalho de Carolina Mendonça sob o título “Plantas Eróticas”. A artista trabalha sobre o erotismo e criou “plantas eróticas” semelhantes a brinquedos sexuais, que teriam funções próprias e formas aleatórias e diversificadas.
O 1.º Évora Pride está a decorrer até domingo na cidade alentejana. Este é um evento organizado em parceria pela Sociedade Harmonia Eborense, Núcleo Feminista de Évora e Associação Évora Queer.
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