
O “Relatório Pride 2023” encontrou que em Portugal a comunidade promotora do discurso LGBTQI+ diminuiu 12,05% enquanto o discurso de ódio aumentou 184,85% entre 2019 e 2022.
“Entre as principais narrativas promotoras dos portugueses destacam-se o apoio à comunidade LGBTQI+ através de menções acerca do apoio que artistas, meios de comunicação e séries que dão à comunidade LGBTQI+“, adianta o documento.
Acrescenta também que há mensagens que incentivam a denúncia de comentários homofóbicos nas redes sociais, promovendo a tolerância, a liberdade e o apoio, bem como críticas à homofobia internalizada na Igreja.
O relatório analisou mais de 169 milhões de publicações nas redes sociais em 12 países. Em termos globais, o discurso de ódio anti-LGBTQI+ registou um aumento 9,4% com uma diminuição de 41,25% nas mensagens de apoio.
Entre as principais narrativas detratoras, destacam-se comentários de oposição por parte de cibernautas que se posicionam contra a comunidade no que toca à autodeterminação de género.
Nos 12 países analisados, o relatório conclui que “enquanto os Estados Unidos da América lideram as mensagens de apoio LGBTQI+, o Brasil destaca-se pelo oposto, embora o Equador, o Chile e a República Dominicana tenham as mensagens mais negativas, em proporção“.
As principais narrativas de promoção identificadas no relatório estão relacionadas com o apoio do Presidente dos EUA, Joe Biden, à comunidade LGBTQI+; apoio à comunidade trans; celebração do Orgulho em todo o mundo; promoção do respeito pelas decisões relativas à identidade de género e apelos para que a bandeira arco-íris seja colocada em instituições importantes.
No que toca ao discurso de ódio, dominam as referências à aversão ou ao ódio contra a comunidade, acusações sobre a denominada “ideologia de género”, críticas a alegados privilégios da comunidade LGBTQI+ e à adoção por casais LGBTQI+.
Com o intuito de contrariar esta tendência de crescimento mensagens negativas, a LLYC, que realizou o relatório, está a lançar a campanha “Rainbot”, o “primeiro bot que transforma ‘tweets’ odiosos em pequenos poemas de amor e apoio que celebrem a diversidade através da utilização da Inteligência Artificial generativa“.
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